A Epcor Solar e a JR Energias Renováveis SPE deram início ao projeto de uma usina híbrida para geração distribuída de 690 MW no município de Uruguaiana, Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. A empresa informou ter instalado nesta semana uma estação solarimétrica em uma propriedade rural da região, no intuito de avaliar a melhor implementação possível em um terreno de aproximadamente 600 hectares.
De acordo com a JR Mineração, que controla a subsidiária, o projeto Camoati começou depois de um ano e dois meses de medição com uma torre de 130 metrôs de altura, que avaliou também a hibridização conforme os regimes de vento à noite e radiação de dia. A produção eólica será de 550 MW e solar de 140 MW, sendo 500 MW o suficiente para atender na média quase 250 mil residências.
A JR Energias Renováveis SPE também informou estar com outro projeto em andamento e torres já instaladas na mesma região de Uruguaiana, denominado Forte dos Ventos, sem comentar sobre as características e prazos.
Já a desenvolvedora gaúcha Epcor Solar descarta o rótulo de instaladora ou integradora, afirmando ser especialista na engenharia de projetos de geração fotovoltaica e soluções para atendimento de mais de 2 mil clientes na baixa tensão e alta tensão. Possui 1,2 MW em projetos fotovoltaicos em desenvolvimento.
“Investimos muito em pesquisa, treinamento e capital humano. Nosso grande diferencial é a rapidez de implantação e a capacidade de usufruir o grande potencial de irradiação que o Brasil tem”, destaca o diretor de Novos Negócios da Epcor, Mario de Azambuja Jr.
Ele ressalta a boa radiação do estado para os sistemas fotovoltaicos, principalmente na região da Fronteira, entre Uruguaiana, Quaraí e Itaqui, com média anual da irradiação global horizontal entre 3900 Wh/m² por dia e 4900 Wh/m² por dia. “Em geral, os estudos apontam um payback do investimento em cerca de três a seis anos, dependendo do tamanho do sistema”, complementa o executivo.
A empresa também anunciou que irá investir R$ 10 milhões para construção da maior usina planta solar da grande Porto Alegre, localizada no bairro Lami, e que terá 2 MW de potência e previsão de entrada da operação comercial até junho de 2023. Segundo a consultoria Greener, o Rio Grande do Sul foi o terceiro estado que mais teve investimentos na fonte solar no país.