O Rio Grande do Norte poderá ajudar na descarbonização do planeta. Essa frase é da governadora Fátima Bezerra (PT) para apontar o avanço das negociações para a implantação do Porto Indústria Verde na região, como um hub para a geração eólica offshore. A executiva disse que o estado busca formar Parcerias Público Privadas para o desenvolvimento do polo, cuja meta é a de atrair a indústria para a geração de energia ao aproveitar os recursos locais em alto mar para a produção de hidrogênio verde.
“O estado produz hoje 7 GW de eólica, ano que vem completamos 10 anos de produção no Brasil. E agora estamos nos preparando para viver um novo momento do contexto de diversificar a matriz energética que é a descarbonização não somente do país, mas do planeta com a energia eólica offshore para o mundo”, discursou a governadora em evento de entrega de um sistema de dessalinização construído pela CPFL Renováveis e sua controladora, a State Grid.
A forma de atrair a indústria no entorno dessa modalidade está no que é chamado Porto Indústria Verde, cujos estudos começaram em 2020. A primeira etapa sobre impactos do empreendimento foi concluída e agora começa a segunda fase para o desenvolvimento da infraestrutura portuária necessária para ser um apoio logístico.
Essa segunda etapa, disse Fátima Bezerra, visa desencadear e EIA Rima do empreendimento que ficará no litoral norte Potiguar. A ideia, afirmou em seu discurso, é a de ter o governo federal como parceiro. Lembrou que assinou memorandos de entendimento com empresas e que isso é o reconhecimento de que o porto vai revolucionar o estado pelos próximos 50 anos, lembrando o foco que o governo federal tem dado à transição energética.
“Fundamentalmente, será para o offshore considerando a capacidade que o estado tem de gerar até 140 GW de energia em alto mar. Essa infraestrutura portuária a ser instalada aqui em Caiçara do Norte será voltada principalmente para assegurar a logística necessária para a produção, escoamento e exploração da energia com o hidrogênio verde”, finalizou.
* O repórter viajou a convite da CPFL Energia