A carga esperada para o mês de março começa em queda no maior submercado do país. A expectativa é no Sudeste/ Centro-Oeste recue 2,8% em março na comparação com o mesmo mês do ano passado, chegando a 43.445 MW med. O valor foi apresentado durante a reunião do Programa Mensal da Operação realizada nesta quinta-feira, 23 de fevereiro. Para abril, a estimativa é de aumento de 1,2%, se descolando da previsão para o planejamento no período 2023-2027, de 0,2%.
Março deverá ter um valor acima do registrado em fevereiro, pelo fato de ter mais dias úteis e as temperaturas permanecerem elevadas. Já abril, por ser considerado um mês de transição e a carga começa a cair. Em março de 2022, as temperaturas foram altas e a produção industrial estava forte, além de forte atividade de comércio e serviços.
No Sistema Interligado Nacional, a previsão é que haja uma variação negativa mais forte, de 2,9%, em 72.935 MW med. O planejamento esperava uma queda de 0,5%. Para abril, a expectativa é de 2,5%, abaixo dos 3% estimados. Esse valor pode ser influenciado pelo efeito base de março de 2022. O crescimento anual do SIN chega a 2,4%, ligeiramente superior aos 2,7% do planejamento.
A carga na região Nordeste em março deve registrar variação de 3,7% ou 11,998 MW med, mesmo valor contido no planejamento. No mês seguinte, é previsto um aumento de 3%, acima dos 1,2% esperados.
No Sul, a carga poderá ter um aumento de 2,9%, ficando em 13.477 MW med. O número é melhor que a expectativa planejada, de queda de 0,4%. Para abril, o subsistema deve observar uma subida de 7,6%, também alinhada com o que estimava o planejamento.
Na região Norte, a previsão é que a carga chegue a 6.501 MW med, subindo 13,6%, abaixo do aumento de 20,5% planejado para o período de 2023 a 2027. Em abril, o aumento fica em 10%, abaixo dos 16,6% estimados.
A geração hídrica no Sudeste em fevereiro apresentou aumento na comparação com os meses anteriores, mas a bacia do Paranaíba é a única que vem apresentando queda na produção. Em novembro, eram 3.929 MW med e em fevereiro, a produção deve ficar em 1.997 MW med. Mesmo assim, o armazenamento no dia 21 de fevereiro era de 66,93%, 16,8 pontos percentuais a mais que no mesmo dia de 2022, quando o nível era de 20,17%.
A politica energética para março no sudeste envolverá a exploração das disponibilidades considerando o rateio do vertimento turbinável e operação para controle de cheias e geração minimizada nas bacias capazes de armazenar. No Nordeste, os recursos serão reduzidos para deixar os reservatórios próximos do nível de espera. Na região Norte, as disponibilidades energéticas serão exploradas considerando o rateio do VT. Já no Sul, a ordem será para explorar as disponibilidades energéticas, levando em conta o rateio e a geração minimizada nas bacias que podem armazenar.