A Omega Energia encerrou 2022 com prejuízo de R$ 8 milhões, revertendo os R$ 297 milhões de lucro líquido no ano anterior. A companhia apresentou suas demonstrações financeiras, reportando lucro líquido de R$ 137 milhões no último trimestre do ano, queda de 76% na comparação anual. As receitas somaram R$ 721 milhões entre outubro e dezembro, alta de 32%. Já o Ebitda atingiu R$ 359,2 milhões, caindo 65% sobre o mesmo período de 2021. Em termos ajustados, o indicador ficou em R$ 388,8 milhões, diminuindo 4%.

No acumulado do ano o EBITDA totalizou R$ 1,18 bilhão, crescendo 5% dentro do intervalo de guidance e considerando recursos naturais abaixo da média histórica devido a uma La Niña persistente e que impactou negativamente a safra de ventos nordestinos, além da queda dos preços de energia em meio a mais um ano chuvoso, que elevou os níveis dos reservatórios a quase 60% e a algumas anomalias de oferta e demanda.

Extraordinariamente, a companhia também divulgou suas projeções de EBITDA para os próximos dois anos: R$ 1,5 bilhão para 2023 e R$ 2 bilhões para 2024. Na parte de geração, foram produzidos 6.805,3 GWh no ano que passou, com variação negativa de 3%, enquanto no trimestre os parques da empresa somaram 2.067,9 GWh, conferindo incremento de 2%.

A dívida líquida aumentou R$ 2 bilhões ano contra ano, atingindo R$ 7,6 bilhões, essencialmente devido a R$ 2,8 bilhões no Capex adicional dos novos ativos Assuruás e Goodnight 1, além das despesas financeiras que alcançaram R$ 693 milhões, implicando em um custo de dívida líquida nominal de 10,9%, contrabalanceado economicamente pelo efeito composto de maiores taxas de inflação nas receitas contratadas no longo-prazo.

No quarto trimestre os custos e despesas da Omega atingiram R$ 207 milhões, crescimento de 19% na comparação anual. O resultado financeiro foi negativo em R$ 134,8 milhões, reduzindo 35% no ano, com melhores receitas financeiras.