O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, entende que a empresa deve ter uma política de dividendos mais flexível e de acordo com cada cliente que negocia, ainda que possa admitir também alguma regra mínima ou range. “Ao meu ver os dividendos tem que ter uma regra solta, da empresa propor um trade-off com o acionista. Se tem uma regra amarrando a parte dos 25%, quanto mais flexibilidade tiver é melhor, pois é uma decisão caso a caso e que depende de cada trimestre”, disse o executivo em coletiva à imprensa realizada na sede da empresa na tarde desta quinta-feira, 2 de março.
No caso a petroleira anunciou ontem a proposta de distribuição recorde de R$ 35,8 bilhões em dividendos, que soma R$ 215,8 bilhões em referência ao resultado de 2022. No entanto o conselho de administração também recomendou a criação de uma reserva estatutária usando R$ 6,5 bilhões desse montante, já que o valor proposto ultrapassa a aplicação da fórmula prevista na Política de Remuneração em cerca de 27% e excede a política atual de distribuição de pelo menos 60% do fluxo de caixa livre menos o Capex.
Prates ressaltou que essa sobra de recursos eram de reservas legais e que foi sugerido pelo conselho e pelo governo de se cumprir por enquanto a regra enquanto não se inicia essa nova fase de distribuição da companhia, afirmando que os recursos poderão ser utilizados em um plano de investimentos adicional, o que ele confirmou que será levado para a próxima AGE.