A Eneva anunciou que deve investir mais R$ 11 bilhões até 2030. Entre 2017 e 2022, os investimentos ficaram em R$8,4 bilhões, envolvendo aquisições e expansão da operação. Os número foram anunciados em encontro com investidores na última quarta-feira, 8 de março.
A empresa destacou que uma das maiores conquistas em 2022 foi a redução da dependência na geração de receitas dos despachos de energia comandados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico. Com isso, mesmo que não haja demanda pela geração térmica, a Eneva tem bons resultados financeiros positivos, por conta da compra de ativos que trazem receita fixa a companhia por estarem disponíveis para contribuir com a segurança energética.
Foram definidos seis desafios estratégicos para criação de valor e avançar no setor de energia no país. Estender o ciclo de vida dos ativos da companhia e replicar o modelo de negócios R2W do Maranhão para outras regiões; maximizar as reservas e prover soluções integradas aos clientes da região Norte do país; comercializar recursos energéticos e desenvolver novos modelos de negócios, como já realizado com sucesso em contratos com grandes clientes como Vale e Suzano em 2022; desenvolver portfólio renovável e promover tecnologias de baixo carbono e construir uma organização ágil e adequada aos novos desafios.
A capacidade contratada de energia da Eneva cresceu em 4,1 GW nos últimos cinco anos, indo a 6,3 GW. Já a reserva de gás provada e provável avançou em 28,7 bilhões de metros cúbicos, no mesmo período, chegando a 47,5 bilhões de m³. A UTE Parnaíba VI (92 MW) deve entrar em operação em novembro de 2024. A usina fecha o ciclo de Parnaíba III, o que representará um acréscimo à capacidade do complexo para 1,9 GW e o tornará o maior Complexo Termelétrico do país. Durante a obra serão criados 900 empregos diretos e indiretos, a partir do investimento de R$ 651 milhões, que, a partir de 2025, vão gerar uma receita fixa anual de R$ 105 milhões, por 25 anos.
A outra unidade de negócios que deverá entrar em operação em maio deste ano é o terminal de Liquefação Parnaíba. Com investimento de R$ 980 milhões, deve gerar receita anual de R$ 430 milhões. A projeção é que durante a obra sejam gerados 850 empregos diretos e indiretos. Nesse terminal, o gás extraído dos campos maranhenses será transformado em GNL para ser transportado a clientes industriais. Vale e Suzano já fecharam contratos de fornecimento.
De acordo com o CEO Lino Cançado, a Eneva está se tornando uma empresa única no país, que vai garantir uma receita fixa maior e independente de fatores externos, ao mesmo tempo preparada para um acréscimo de receita variável em momentos oportunos, seja por despachos, seja por comercialização dos produtos.