O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico prevê um recorde histórico de expansão da capacidade instalada de geração em 2023, em razão do crescimento das fontes eólica e solar. Na reunião mensal realizada na última quarta-feira, 15 de março, também foi apresentado um quadro otimista em relação ao suprimento do Sistema Interligado Nacional e às condições dos reservatórios para o resto do ano.

O aumento da capacidade instalada em fevereiro foi de aproximadamente 749 MW em geração centralizada, que já acumula no ano uma expansão de 2.027 MW. Já na geração distribuída, a expansão foi de 1.813 MW em 2023, atingindo 8,2 GW instalados no país.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico aponta condições de geração bastante favoráveis. O mês de fevereiro fechou com os melhores níveis de armazenamento dos últimos 16 anos, com 80,1% no Sistema Interligado. Por conta disso, o Brasil continua exportando excedentes de energia para a Argentina e o Uruguai.

A previsão para o último dia de março é de que o nível dos reservatórios do SIN atinjam 85,4% da Energia Armazenada Máxima, para o cenário inferior, e 86,8% no cenário superior.

A proposta do ONS com as curvas referenciais de armazenamento para 2023  considerou um armazenamento mínimo de 21,4% no SIN ao final de novembro de 2023, sendo 20% no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, 30% no Sul, 23,5% no Nordeste e 22,5% no Norte.

Em nota divulgada pelo Ministério de Minas e Energia, o CMSE explicou que que foi utilizada na definição das curvas metodologia similar à de 2022. Foram atualizadas premissas como as restrições hidráulicas vigentes e oferta e demanda de energia elétrica.

O cenário de aversão a risco foi construído a partir dos valores de Energia Natural Afluente (ENA), entre outubro de 2020 e setembro de 2021, quando foram registrados os piores valores de afluências em 12 meses do histórico de 92 anos, disse a nota.