A Associação Brasileira de Comercialização de Energia enviou sugestões para o Ministério de Minas Energia que, no início deste ano, solicitou contribuições dos agentes para a definição dos objetivos do Planejamento Estratégico Integrado 2023-2026. A pasta quer entender como pode atuar nos próximos anos nos setores de energia, petróleo, gás natural, biocombustíveis e mineração. A Abraceel enfatizou a necessidade de o Planejamento Estratégico do MME prever a modernização do modelo comercial do setor elétrico, com foco na democratização do acesso ao mercado livre de energia para todos os consumidores e redução dos subsídios nas tarifas e nos preços da energia elétrica.

Os programas e projetos propostos pela Abraceel na contribuição estão alinhados às bandeiras definidas no processo de planejamento estratégico da associação, que conta com expressiva participação dos comercializadores: abertura do mercado de energia, segurança de mercado, formação de preços e eficiência e inovação do mercado.

Outra prioridade sugerida para o planejamento estratégico governamental é buscar maior acoplamento entre o preço da energia elétrica no mercado de curto prazo e a operação do sistema elétrico, bem como o aprimoramento na governança do processo de formação de preços por modelos computacionais. A Abraceel também apontou na contribuição enviada ao MME a necessidade de aperfeiçoar a contratação de reserva de capacidade no setor elétrico e o modelo de governança da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.

Para a atração de investimentos e estímulo da transição energética, a Abraceel propôs a criação da figura do comercializador independente de etanol e o fomento ao mercado livre de gás natural, que ainda demanda harmonia de regras federais e estaduais.