O Grupo Enel reportou uma redução de 3,6% em seu resultado global em 2022. O lucro da empresa alcançou 5,4 bilhões de euros. Apesar do índice, superou a orientação comunicada aos mercados financeiros que situava os ganhos na faixa de 5 a 5,3 bilhões de euros.

A companhia ressaltou a melhora no desempenho dos negócios, parcialmente compensada pelo aumento da depreciação no ano, a gestão financeira mais eficiente associada às atividades de gestão de passivos do ano anterior, e a menor carga fiscal sobre os resultados ordinários do Grupo.

O resultado Ebtida ordinário em 2022 alcançou 19,7 bilhões de euros, aumento de 2,5% na comparação com o ano de 2021. Esse montante, explicou a empresa, superou a orientação do Grupo comunicada aos mercados financeiros que ficaria entre uma faixa de 19 a 19,6 bilhões de euros.

Houve aumento da margem Ebitda, atribuível ao desempenho da operação integrada negócio, como uma combinação da Geração Térmica e Comercialização, Enel Green Power, End-User Markets e negócios da Enel X, juntamente com o desempenho positivo da Enel Grids.

As receitas em 2022 somaram 140,5 bilhões de euros, um aumento de 54,8 bilhões de euros (+63,9%) em comparação com 2021. Para os mercados de geração e comercialização térmica e de usuários finais segmentos, a variação se deve principalmente aos maiores volumes de energia produzida e comercializada, bem quanto às maiores quantidades vendidas, num contexto de preços médios crescentes, sobretudo no país sede da companhia e Espanha.

O aumento das receitas da Enel Grids, principalmente na América Latina, é atribuído a maiores quantidades de energia elétrica distribuídas, aos reajustes tarifários no Brasil e ao efeito positivo taxas de câmbio. Já o aumento nas receitas da Enel X é principalmente atribuível a serviços associados a novas iniciativas comerciais e atividades de resposta à demanda na Itália, Espanha e América Latina.

Pela Enel Green Power as receitas ficaram em linha com as registradas no ano anterior dado que as maiores quantidades de energia vendidas a preços médios crescentes, principalmente em Chile e América do Norte, compensaram substancialmente as menores vendas registradas na Itália devido ao baixo consumo, disponibilidade no período e no Brasil em função dos menores preços de venda.

As vendas de eletricidade em 2022 somaram 321,1 TWh, um aumento de 11,7 TWh (+3,8%) face o exercício financeiro anterior. Segundo dados da Enel, isso reflete um aumento nos volumes vendidos na América Latina (+7,2 TWh), principalmente no Chile (+3,1 TWh) e no Brasil (+2,4 TWh), na Itália (+4,4 TWh) e na Romênia (+0,5 TWh), bem como os menores volumes vendidos na Península Ibérica.

As despesas de capital somaram 14,3 bilhões de euros em 2022, um aumento de 10,4% ante 2021. Esse volume deve-se aos investimentos na Enel Green Power, principalmente na Itália, Canadá, Peru, Espanha, Chile, Austrália e Brasil. Na Enel Grids, destaque para aportes na Itália, Brasil e Peru, principalmente em manutenção corretiva e confiabilidade de rede. Já na Enel X em negócios e-City e e-Home, na América do Norte e Austrália em Battery Energy Storage, no Brasil nos negócios Smart Lighting, e-Home e Distributed Energy, no Peru no negócio de iluminação pública, em Colômbia no negócio de Energia Distribuída.

No final do ano passado o mix de geração da Enel estava em 49% na fonte renovável, 39% térmica e outros 12% em nuclear.