A CPFL Energia anunciou nesta sexta-feira, 17 de março, que investirá R$ 25,3 bilhões até 2027, sendo R$ 20,5 bilhões em distribuição, R$ 3,1 bilhões em transmissão, R$ 1,2 bilhão em geração e R$ 412 milhões em comercialização e serviços. Apenas em 2023, serão aplicados cerca de R$ 5,2 bilhões.

Durante teleconferência com investidores, o CEO da CPFL, Gustavo Estrella, destacou que a companhia apresentou em 2022 uma série de conquistas importantes e enxergam boas perspectivas para 2023. Com relação ao próximo leilão de transmissão, o executivo afirmou que estão avaliando alguns lotes e acredita que o leilão será mais concentrado nos números de players e isso poderá indicar um espaço maior para investimentos. “Esperamos novas oportunidades”, disse.

Já com relação aos ativos de geração, Estrella relatou que há expectativas de se consolidar em transmissão e geração, porém estão atentos as oportunidades em geração no momento. E seguindo o plano de balanceamento entre crescimento e yield, o CEO declarou que a administração decidiu propor dividendos no valor de R$ 2,4 bilhões, o que representa R$ 2,10 por ação.

Gustavo Estrella também afirmou que a companhia conseguiu reduzir os níveis de inadimplência no quarto trimestre de 2022, atingindo os 0,73% ao ano. “Conseguimos efeitos favoráveis que reduziram a tarifa para o consumidor, e que consequentemente contribuíram para a redução da inadimplência, como a redução da alíquota de ICMS, retirada da bandeira de escassez hídrica e o aumento da massa de renda real. Apesar disso, a PDD ainda é afetada por um cenário macroeconômico desfavorável”, explicou.

O executivo também falou aos investidores sobre a Alesta, a fintech do grupo, que vem apresentando bons resultados e trazendo novos clientes e contratos para a base da CPFL. Em 2022, a Alesta fechou 17.766 contratos (volume) e o montante financiado atingiu os R$ 11,3 bilhões. Hoje ela já atende a CPFL Piratininga, CPFL Santa Cruz e CPFL Paulista e pretende até dezembro desse ano chegar a RGE.

Quando questionado sobre a nomeação do ex-diretor da Aneel, Efrain Cruz, para a secretaria-executiva do Ministério de Minas e Energia, o CEO da CPFL, Gustavo Estrella disse que a expectativa é de diálogo. Segundo ele, Efrain possui uma experiência de longa data no setor e sabe de todos os desafios e complexidades.