Questionado sobre como anda o ambiente de privatização e do processo de turnaround na Cemig, o presidente do Conselho de Administração da companhia, Márcio Luiz Simões Utsch, disse que ambos os projetos caminham de forma independente e em paralelo, o segundo avançando mais em seus objetivos e o primeiro ainda dando seus passos iniciais, mas com a perspectiva de que possa acontecer neste ano.
“A privatização está em um caráter mais preparatório, com todos os pontos relevantes tendo que ser decididos, especialmente os societários, e as perguntas respondidas para depois a eventual privatização, que pode ser simples, do tipo Eletrobras, Corporation, de várias formas”, pontuou o executivo durante o Cemig Day, na manhã dessa segunda-feira, 27 de março.
Utsch lembrou que a estatal mineira saiu das discussões envolvendo Light e Renova, “uma loucura em termos de horas de agenda e discussões”, limpando essas pautas para cada vez mais voltar sua estratégia ao estado e na privatização junto ao governo, não tendo como efetivamente executar nada no momento para além das reuniões e o trabalho incessante visando avançar o processo de alguma forma. “Minha crença é que sai nesse mandato e temos forçado a barra, levando projetos de lei e outros pontos”, sinaliza.
Na avaliação do presidente da estatal mineira, Reinaldo Passanezi Filho, a privatização fará a companhia se livrar de uma série de amarras de gestão, ganhando sustentabilidade e sobrevivência de longo prazo. Ele também ponderou sobre um tema mais concreto no momento, de renovação das concessões, com o pedido envolvendo metade do parque gerador da companhia tendo que ser feito até novembro para os vencimentos em 2027.