O Brasil alcançou a marca de 19 GW de capacidade em geração própria de energia elétrica, também chamada de Geração Distribuída (GD). O resultado, puxado em 98,6% pela energia solar, conta também com a evolução de outras fontes, como a biomassa, o biogás, a energia eólica, a energia movida a potencial hidráulico e a cogeração a gás natural, aponta levantamento da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD).
A entidade ressalta que a modalidade começou 2023 com o mesmo ritmo de crescimento que terminou o ano passado, com a média de acrescentar praticamente 1 GW de capacidade instalada ao sistema por mês. Dessa vez o feito aconteceu em seis dias. Atualmente a GD responde por cerca de 70% de toda a potência de energia solar do Brasil, com chances reais de acrescentando mais de 8 GW ao longo do ano.
São 1,8 milhão de usinas de microgeração e minigeração distribuídas pelo país e 2,3 milhões de unidades consumidoras (UC’s) que utilizam a tecnologia. Cada UC representa a casa de uma família, um estabelecimento comercial ou outro imóvel abastecido por micro ou mini usinas, todas elas utilizando fontes renováveis.
De acordo com a ABGD, com os atuais 19 GW de potência instalada, a geração distribuída tem capacidade suficiente para abastecer aproximadamente 9,5 milhões de residências, ou 38 milhões de pessoas. Entre os consumidores beneficiados, a maioria (48,5%) dos projetos é do grupo residencial, seguido pelo consumo comercial (28,3%), rural (14,9%) e industrial (7,1%).