A Renova Energia apresentou um lucro líquido de R$ 777 milhões em 2022, um salto de 2.432% em relação ao ano anterior quando registrou R$ 30 milhões. Já no trimestre, a companhia apresentou resultado positivo de de R$ 750 milhões, um crescimento de 368,3% em comparação com o período antecedente, decorrente da reversão da provisão do valor recuperável do complexo eólico Alto Sertão III.

Com a entrada em operação comercial ao longo do ano de 2022 do seu único ativo, a receita operacional líquida de 2022 foi de R$ 206 milhões, representando um aumento de 120% em relação a 2021. Nos últimos três meses do ano, a receita atingiu os R$ 64 milhões, um crescimento de 111,9% em relação ao período anterior.

No ano de 2022, o ebitda ajustado foi positivo em R$ 75 milhões saindo do campo negativo de R$ 70 milhões do ano anterior, principalmente devido ao impacto da entrada em operação dos complexo eólico e de operações de comercialização de energia.

A Renova apresentou um resultado financeiro negativo consolidado, no montante de R$ 214 milhões, apesar da alta dos juros, apresentou uma queda de 22,7% em relação ao ano anterior. Segundo a companhia, o resultado é decorrente da redução do seu endividamento por meio da venda de ativos e da capitalização de 100% das dívidas com partes relacionadas.

Durante teleconferência com investidores realizada nesta quarta-feira, 29 de março, o CEO da Renova, Daniel Gallo, afirmou que a previsão de resultados para 2023 é positiva. Segundo o executivo, “os indicadores são bons e mostram que companhia segue forte no processo diante do tempo atual que é desafiador com juros altos que seguem pressionando a dívida remanescente da empresa”.

“O processo de revisão para baixo do preço de energia também dificulta captar recursos para novos projetos e a demanda por energia ainda é incerta por conta da desaceleração econômica, então isso tudo é motivo de preocupação e nós vamos acompanhando o mercado atentos aos sinais do para uma possível retomada”, explicou.

No primeiro semestre de 2022, a companhia concluiu duas transações de M&A: Enerbrás e Cordilheira dos Ventos, que contribuíram com cerca de R$ 308 milhões em recursos, que foram destinados para pagamento de credores e despesas operacionais. Quando questionado sobre Cordilheira dos Ventos não ter interessados, Gallo informou que existe um projeto remanescente e que a companhia está aberta a conversas com possíveis interessados.