A primeira revisão quadrimestral da carga de 2023 aponta uma redução nas expectativas. Agora é esperado crescimento de 2,6%, reduçao de 0,2% na comparação com as projeções iniciais, reveladas no final de 2022.A média da expansão para os próximos anos indica crescimento de 3,2%, 0,3 ponto porcentual a menos ante a versão anterior do documento elaborado em conjunto entre a EPE, CCEE e ONS.
Apesar da desaceleração da carga, a primeira revisão aponta para um aumento na expectativa de crescimento da economia. Antes PIB estimado estava em 0,7% e agora está em 1% neste ano. Para os próximos a alta é progressiva, chegando a até 2,5% ao final do período.
Essa previsão não considera a MMGD nos cálculos, assim a carga esperada é de 71.569 MW médios. Já considerando a geração própria de energia esse valor sobe para 74.724 MW médios em 2023. Olhando para o horizonte do estudo, a revisão publicada na noite de terça-feira, 28 de março, indica que a carga ficará menor do que o previsto no final do ano passado e menos ainda do que indicava a 2a revisão quadrimestral do período que englobava os anos de 2022 a 2026.
Dentre as premissas que compõem o estudo no curto prazo há destaque para Elevado endividamento das famílias pode dificultar um crescimento expressivo do consumo. No entanto, a manutenção do Bolsa Família em R$600, o aumento do salário mínimo e outros fatores devem contribuir positivamente. Mas reforça que o elevado endividamento das famílias pode dificultar um crescimento expressivo do consumo.
Ainda no curto prazo, a proposição de uma âncora fiscal e o encaminhamento da proposta de reforma tributária devem impactar positivamente a confiança dos agentes.
Olhando para o médio prazo, disse o documento, “ao longo do horizonte, espera-se a convergência para um ambiente com maior estabilidade, cenário internacional mais favorável, inflação dentro da meta, maior confiança dos agentes econômicos e expansão mais significativa da demanda interna, resultando em uma dinâmica de crescimento mais substancial e consistente”.
Assim, um cenário de menor incerteza, se confirmado, deve impulsionar os investimentos, com destaque para o setor de infraestrutura, gerando reflexos sobre a produtividade da economia.