Para que o processo de aprimoramento do monitoramento prudencial do mercado tenha êxito, será fundamental a participação dos agentes no envio de informações corretas. Durante o painel sobre segurança do mercado no Agenda Setorial, realizado pelo Grupo CanalEnergia by Informa Markets nesta quarta-feira, 29 de março, a conselheira da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, Roseane Santos, ressaltou a importância desse aspecto na fase da operação sombra. De acordo com ela, uma etapa como essa sem informações corretas levará a algo que não equivale a realidade. “O desafio será acertar com maior acuracidade possível os parâmetros que vão ficar na fórmula do fator de alavancagem”, avisa.
A Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou em fevereiro deste ano a Consulta Pública 11/2022, que tem por objetivo identificar de modo antecipado falhas ou alavancagem de agentes em níveis superiores ao que é permitido. A operação sombra vai testar parâmetros, métodos e a alavancagem dos agentes.
Este mês, a CCEE reuniu os agentes para apresentar as principais propostas para o monitoramento prudencial. A inspiração vem do que é adotado no mercado financeiro. Uma das mudanças será a solicitação periódica de informações sobre patrimônio e alavancagem dos comercializadores e geradores que negociam energia, o que permitirá que a CCEE avalie as movimentações do mercado.
Para a conselheira da CCEE, o encerramento da segunda fase da CP pela Aneel vai permitir a definição de uma data para o início da operação sombra. Ela destacou ainda que esse processo trará uma mudança estrutural na forma de operar, o que faz importante a integração entre os órgãos e associações do setor. “Quando temos uma mudança tão importante precisamos estar legitimados para que a mudança aconteça de fato”, avisa.