A Equatorial Energia apresentou lucro líquido na base IFRS de mais de R$ 1,3 bilhão no ano de 2022, queda de 62,8% na comparação com 2021. Já no quarto trimestre esse valor foi de R$ 460 milhões, queda de 67,6% no trimestre. Excluindo os efeitos não recorrentes houve queda de 1,8% no ano e alta de 18,5% no trimestre encerrado em dezembro. O resultado ebtida ajustado no ano somou R$ 7,6 bilhões, alta de 39,4% quando comparado ao mesmo período do ano passado e nos três meses encerrados em dezembro ficou em R$ 2,3 bilhões, alta de 37,5%.
A receita operacional liquida no ano somou R$ 27,1 bilhões, aumento de 11,9% e no trimestre foi de R$ 7,9 bilhões, queda de 1,7% ante mesmo período de 2021.
O volume total de energia distribuída atingiu 9.141 GWh, crescimento consolidado de 4,9% em relação ao mesmo trimestre de 2021. Segundo a empresa, o destaque ficou para Rio Grande do Sul com alta de 6%, Maranhão com 5,7% e Pará que aumentou 5,2%. Por sua vez a energia gerada totalizou 1.357 GWh, volume 3,8% superior, devido principalmente à entrada em operação do complexo Serra do Mel 2, no início do ano, parcialmente compensada pela variação dos ventos do período, no comparativo anual de queda de 4,2%.
Os investimentos no ano somaram R$ 5,3 bilhões, aumento de 84,4% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Com isso, a dívida líquida aumentou para R$ 32,8 bilhões alta de 140% ante o fechamento de 2021.
A empresa explicou que sua alavancagem, medida pela relação Dívida Líquida / EBITDA consolidado na visão covenant, sem a aquisição da Celg, encerrou o ano em 3,2x. No entanto, com a consolidação da dívida líquida da distribuidora goiana de R$ 7 bilhões, o efeito do pagamento do equity de R$ 1,5 bilhão e o Ebitda 12 meses do ativo de R$ 429 milhões, que foi fortemente impactado por eventos não recorrentes de R$ 324 milhões, o covenant aumentou para 4,1 vez. Contudo reforça que este valor não reflete o efeito positivo da emissão de ações PN, realizada no início de 2023 que traria o covenant para 3,8x.