A Matriz Elétrica Brasileira fechou o primeiro trimestre do ano com uma expansão de 2.746,5 MW da capacidade instalada de geração de energia elétrica. Os dados foram divulgados, pela Agência Nacional de Energia Elétrica. A quantidade equivale ao dobro do crescimento verificado no mesmo período de 2022, de 1.367 MW. Um dos principais motivos foi a entrada em operação comercial de novas 82 usinas até 31 de março. Elas estão distribuídas em 13 estados de quatro regiões brasileiras. Dessas, 44 são EOLs (1.485 MW), 23 UFVs (920,2 MW), 10 UTEs (278,1 MW), quatro PCHs (59,8 MW) e uma CGH (3,4 MW).

As plantas solares e eólicas representam, juntas, 87,6% da capacidade instalada no ano. Considerando apenas o mês de março, a expansão na matriz foi de 708,4 MW concentrados em 17 usinas eólicas (338,5 MW), oito solares fotovoltaicas (340,3 MW), duas pequenas centrais hidrelétricas (21,3 MW) e apenas uma termelétrica (8,3 MW).

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, celebrou os dados, ressaltando o crescimento da renovabilidade da matriz elétrica nacional, priorizada pelo governo federal. Sobre a capacidade instalada, de acordo com dados do Sistema de Informações de Geração da Aneel, o Brasil chegou a 191.323,9 MW. Adicionalmente, o sistema ainda conta com mais 19.433 MW de geração distribuída, totalizando mais de 210.700 MW de capacidade instalada de geração de energia, com cerca de 85% de fontes renováveis. Esses dados são atualizados diariamente com informações das usinas em operação e de empreendimentos outorgados em fase de construção.

Segundo a agência reguladora, as usinas com operação iniciada este ano foram nos estados de Minas Gerais (827,7 MW), Rio Grande do Norte (666,4 MW), Bahia (501,6 MW) e Piauí (276,4 MW). Minas Gerais obteve o maior salto, 334 MW, com a continuidade da operação do Complexo Sol do Cerrado, que já contribuiu com 434 MW de expansão este ano.