A Light enviou uma republicação do comunicado ao mercado em que divulgou que estava ajuizando um pedido de tutela cautelar para a suspensão de pagamentos. No novo documento, a companhia revela que a medida foi ajuizada com urgência pelo entendimento que era a decisão adequada no momento para permitir e viabilizar a readequação das obrigações abrangidas pela Medida Cautelar.

A Agência Nacional de Energia Elétrica revelou que apesar da situação delicada da Light, os pagamentos das obrigações setoriais estão em dia. A agência também disse que a Light está em um regime diferenciado de acompanhamento dos indicadores financeiros em que a concessionária pactua com a Aneel as ações necessárias para assegurar a sustentabilidade da concessão.

Dentre as obrigações financeiras abrangidas pela Medida cautelar, estão Debêntures da Light SESA, com saldo em 31 de dezembro de 2022, de aproximadamente R$ 6,27 bilhões; contrato de Empréstimo assinado pela Light SESA de cerca de R$ 208,7 milhões; Unsecured Bonds Due 2026 emitidos por Light SESA e Light Energia, no valor de R$ 3,13 bilhões; Debêntures da Light Energia que somam R$ 566 milhões; Cédula de Crédito Bancário emitida pela Lajes Energia, de R$ 8,8 milhões; saldo em operações de derivativos da Light SESA e da Light Energia, de R$ 427 milhões; e o contrato de Cessão e Aquisição de Direitos Creditórios e Outras Avenças assinado pela Light SESA, no valor de aproximadamente R$ 441 milhões.

Ainda de acordo com o comunicado, Light e a Light SESA receberam ontem notificações da Pentágono Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, do Banco Morgan Stanley, da XP Investimentos CCTVM, da Vórtx Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, e da Simplific Pavarini Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, em que alegam que o vencimento antecipado ocorreu, sendo que a suspensão dos efeitos desse vencimento antecipado é objeto de requerimento feito na medida cautelar.