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O resultado da eleição na Assembleia Geral Ordinária que sacramentou a nomeação de Alexandre Ramos Peixoto para o lugar que hoje é ocupado por Rui Altieri Silva e de Eduardo Rossi que substitui Rose Santos, foi conhecido no meio da tarde desta quarta-feira, 19 de abril.  Os nomes dos indicados e posteriormente aprovados não estavam no radar do setor. Oficialmente não foi divulgado o resultado, mas as informações é de que foram aprovados por unanimidade.

Quanto ao nome para a presidência do Conselho, atribuição do governo, não houve nenhuma surpresa. O que fez desta AGO peculiar foi uma segunda indicação vinda do Executivo, para a vaga que normalmente é resultado do consenso do mercado, e que estava sendo ocupada pela conselheira Roseane Santos em seu primeiro mandato.

O eleito, Rossi, é especialista em Regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica. Dentro da governança da CCEE, a vaga que ele ocupará representa o conjunto de todos os agentes da câmara. O restante dos lugares é preenchido por membros das áreas de geração, comercialização e distribuição.

Acontece que desde ontem havia um rumor de que a noite seria longa e a frase “hoje muita gente não vai dormir” foi ouvida por diversas vezes e de diferentes pessoas. Segundo fontes ouvidas pela Agência CanalEnergia, o nome de Rossi estaria ligado ao secretário-executivo Efrain Cruz, tanto que ele foi indicado pela estatal ENBPar.

Na assembleia, a conselheira Rose Santos surpreendeu ao retirar sua candidatura, abrindo caminho para que Rossi fosse o candidato único do mercado. Esse movimento pegou agentes de surpresa, pois segundo relatos, a executiva estava em conversas para ser reconduzida ao cargo, até porque o trabalho que estava desenvolvendo, de monitoramento prudencial, ainda não estava concluído. Um sintoma de que tudo caminharia para esse sentido é de que havia uma carta divulgada pelo Fase assinada por 20 das 28 associações que compõem a entidade, referendando o nome da conselheira para o segundo mandato.

Corre a informação de bastidores que houve uma presença forte do governo para levar o nome de Rossi aos concentradores de votos. Representantes do governo teriam pressionado o colégio eleitoral por votos em prol dos seus indicados. Essa pressão teria começado na noite de ontem, com ligações para altos executivos dessas empresas. Outro fato peculiar dessa assembleia foi a votação, ocorreu uma articulação para que os votos fossem abertos. Quanto maior o agente mais peso seu voto possui.

Poucos agentes que concordaram comentar sobre o tema o fizeram de forma breve e revelaram surpresa com essa ação do governo. No caso da vaga da presidência, tudo certo. A questão foi a segunda indicação, o que pode demonstrar uma intervenção mais incisiva da política sobre a área de mercado, que ficou nos últimos oito anos afastada da política, como tem que ser. Outros comentaram no sentido de que trazer novos nomes é bom. Um sintoma desse resultado é que até o fechamento dessa reportagem nenhuma associação havia emitido um comunicado oficial sobre o resultado.

Os eleitos

Peixoto é o atual diretor de Relações Regulatórias e Institucionais da Cemig possui passagens pela Aneel, Ministério de Minas e Energia, Empresa de Pesquisa Energética e outras empresas do setor. É pós-graduado em Engenharia de Qualidade e Gestão pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC/MG e em Gestão e Planejamento Estratégico pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, além de especializações e MBA em áreas ligadas à geração e planejamento.

Rossi é especialista em Regulação na Aneel. Ao longo de mais de 10 anos teve papel fiscalizador no órgão regulador para transmissão, distribuição e geração. É graduado em Engenharia Elétrica e Eletrônica pela Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, tem mestrado em Regulação e Gestão de Negócios pela Universidade de Brasília e MBA Executivo em Administração de Empresas de Energia pela Fundação Getúlio Vargas – FGV.

E ainda entre as deliberações, os agentes elegeram Talisa Rezzieri, profissional de contabilidade com mais de 10 anos de experiência no setor elétrico, como nova integrante do Conselho Fiscal da CCEE. Aprovaram, ainda, as demonstrações financeiras e contábeis da Câmara durante o ano-calendário de 2022 e os relatórios de asseguração dos auditores independentes dos processos de contabilização e liquidação das operações.