A Santo Antônio Energia convocou assembleia geral de debenturistas da 3ª emissão para o dia 10 de maio com a proposta de antecipar pagamentos de até R$ 4 bilhões a serem quitados até o dia 31 de dezembro. Esse valor refere-se a dívida junto a instituições financeiras públicas e privadas, entre elas BNDES, BNB e Basa.
Essa é mais uma ação da empresa para a redução do endividamento financeiro e que é uma das metas da sua controladora, Furnas. A assembleia tem como meta ter a anuência dos debenturistas para a realização da operação.
De acordo com a empresa, que detém a concessão da UHE Santo Antônio (3.568 MW, RO), a sua controladora indireta, a Eletrobras, fará o aporte para assumir a totalidade da dívida junto às instituições financeiras. As garantias dadas para os contratos de financiamento continuariam da forma que estão. Os contratos que se referem essa dívida foram fechados entre março de 2009 e agosto de 2013.
Outro tema em pauta na assembleia é a autorização para exoneração de todas as obrigações solidariamente assumidas pelos acionistas diretos e indiretos da Mesa Energia, as quais serão assumidas por Furnas, tendo em vista a eventual aquisição das participações societárias, diretas e indiretas, dos acionistas da Mesa.
Atualmente a subsidiária da Eletrobras detém 76,5% da Madeira Energia, a holding que controla a concessionária de geração. Há ainda 9,5% com a Caixa FIP Amazônia Energia, 8,85% com a Novonor Energia e mais 5,1% da SAAG Investimentos.
De acordo com a proposta apresentada, o aporte de até R$ 4 bilhões será pela modalidade de Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (AFAC). Desse montante serão R$ 1,9 bilhão destinados ao BNDES e o restante até o valor do aporte aos bancos repassadores.
“A companhia entende que a Assunção de Dívida, nos termos indicados promoverá significativa melhora do endividamento financeiro da Companhia, que será reduzido em montante equivalente ao Endividamento BNDES e Repasse, o que permitirá com que tenha capacidade de fazer com que as receitas objeto de suas atividades sejam suficientes para fazer frente ao perfil de endividamento”, destaca a concessionária.