A última revisão semanal para o Programa Mensal de Operação de abril indica dois subsistemas do país com afluências acima da média de longo termo. A previsão é de que o Sudeste/Centro-Oeste e o Norte terminem o mês com vazões mais elevados do que o normal para o período. No primeiro, a estimativa é de energia natural afluente de 101% da MLT e no segundo está em 107%. No Sul, o índice não está longe é previsto alcançar 95%. Apenas o Nordeste está destacado dos demais, com apenas 36% da média.

Quanto à carga, houve uma leve aceleração ante a semana passada quando sinalizava para estabilidade. Agora é esperado um aumento de 0,3% na comparação com o mesmo período de 2022. No maior centro de carga, o SE/CO ainda é estimada queda, agora de 2%, mas não é único que deve apresentar retração, o NE indica retração de 0,8%. Já no Sul, alta de 2,1% e no Norte um crescimento de 15,1%, estimulado ainda por conta da retomada de um grande consumidor intensivo na Rede Básica.

Com isso, todos os reservatórios no SIN estão com a indicação de volumes armazenados acima de 80%. A previsão para o fechamento de abril é de leve alta em relação aos níveis desta quinta-feira, 20 de abril. No SE/CO é calculado terminar com 87,4%, no Sul com 84,6%. Os outros dois estão acima de 90% sendo o NE com 90,4% e o Norte com 99,7%.

Conforme esperado e visto nos últimos meses o CMO está zerado em todos os submercados em todos os patamares de carga. A geração térmica se dá apenas por inflexibilidade declarada pelas usinas, sendo 4.523 MW médios. A estimativa é de que o custo de operação para a semana operativa atual é de R$ 86,7 milhões e para a seguinte a média do custo de operação esperado é de R$ 81,3 milhões.

Na próxima semana, o ONS realizará a reunião mensal do PMO para maio, o primeiro em que se terá oficialmente o período seco instalado no país. O encontro começa na próxima quinta-feira, 27 de abril, e termina no dia seguinte.