Dados do Boletim da Energia Livre da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia mostram que o mercado livre de energia cresceu 19% nos últimos 12 meses, acumulando 4.957 novas unidades consumidoras no período que se encerrou em janeiro de 2023. Com isso, o ambiente de contratação livre passou a somar 31.686 unidades consumidoras, agrupadas em 11.149 consumidores. Desse total, são 9.409 consumidores especiais e 1.740 livres. Cada unidade consumidora equivale a um medidor de energia. As 31.686 unidades consumidoras que estão no mercado livre correspondem a apenas 0,03% dos 89 milhões de unidades consumidoras de energia registradas no Brasil.

O consumo de energia no ACL representa 36% de toda a energia consumida no país, subindo 9% nos últimos 12 meses. O volume de energia transacionada no mercado livre chegou a 108.086 MW med, que equivale a 68% de toda a energia transacionada no Brasil. O ACL responde por 90% da demanda industrial brasileira, com destaque para os setores de saneamento e extração de minerais metálicos.

Em fevereiro de 2023, o custo da energia, que é um dos componentes da tarifa elétrica, foi de R$ 279/MWh no mercado regulado e de R$ 106/MWh do mercado livre, uma diferença de 62%. No segundo semestre de 2022, o Ministério de Minas e Energia realizou consulta pública que demonstrou amplo consenso da sociedade em torno da proposta de abrir o mercado de energia a partir de 2026 para todos, incluindo residências e pequenos negócios.