O Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios Siga Energia concluiu a captação de R$ 30 milhões, em sua quinta emissão de cotas sêniores. O FIDC adota uma tese de investimento que ainda não é muito aplicada no mercado: o uso de Contratos de Comercialização no Ambiente Livre para fornecer crédito a agentes do setor registrados como geradores e comercializadores na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.
Atualmente, o ambiente livre de energia representa cerca de 35% da carga energética do país e movimenta mais de 44 mil contratos mensalmente. A Siga Gestora de Recursos, especializada no setor elétrico, atua como gestora do FIDC, e o Banco Daycoval é o seu administrador. A tese de investimentos atraiu casas tradicionais como a Rio Bravo – que repetiu a fórmula das emissões anteriores e fez a coordenação da oferta pública – e outros investidores profissionais, que ancoraram a captação. Desde a 1ª emissão em outubro de 2021, o FIDC Siga Energia captou mais de R$ 128 milhões junto a 42 investidores profissionais, entre eles bancos, fundos de investimentos, family offices e investidores individuais, principalmente oriundas do agronegócio.
De acordo com o diretor de gestão da Siga, Leonardo Ritzmann Loures, o setor elétrico é considerado resiliente, altamente regulado e com histórico de bom pagador. Segundo ele, a empresa busca oportunidades de investimento entre as empresas do setor que ainda não são listadas.
A Siga iniciou suas atividades como uma empresa de consultoria com o objetivo de conectar o mercado de energia livre ao mercado de capitais. Posteriormente, evoluiu para uma gestora de recursos com a mesma missão. A especialização em ativos de geração ou recebíveis de energia é vista de forma positiva pelos investidores, por trazer novas teses de investimento, especialização e desconcentração física entre as gestoras brasileiras.