As tarifas atuais da Neoenergia Pernambuco serão prorrogadas por 15 dias, para que a Agência Nacional de Energia Elétrica possa aprofundar as discussões sobre os impactos do crescimento da micro e minigeração distribuída nos reajustes tarifários de 2023. O processo da concessionária seria aprovado nesta terça-feira, 25,  para vigorar a partir de 29 de abril, mas a empresa solicitou à Aneel um ajuste na base de cálculo para que seja considerado o efeito da MMGD na apuração das perdas técnicas regulatórias.

A Aneel tem recebido pedidos semelhantes de outras distribuidoras e reconhece que o crescimento dos sistemas instalados tem se dado em patamares superiores ao projetado, afetando as discussões sobre revisões e reajustes das concessionárias de distribuição. Isso aconteceu em outros processos tarifários já homologados esse ano.

Parte desses efeitos, segundo o relator do processo, Ricardo Tili, pode onerar as tarifas dos consumidores cativos. Por isso, é necessária uma avaliação mais aprofundada dos pleitos trazidos pelas distribuidoras e de seus impactos conjunturais e estruturais na composição da estrutura tarifária de todas elas.

Reajuste cooperativas

A agência aprovou nesta terça-feira, 25 de abril, os reajustes de quatro cooperativas de eletrificação rural com data de aniversário em 29 de abril. Confira os índices que serão aplicados:

Cooperativa de Eletrificação Rural de Resende Ltda. – Ceres (RJ): Efeito médio de 4,72%, sendo em média 5,98% na alta tensão e 4,54% na baixa tensão.
Cooperativa de Eletrificação Rural de Itaí-Paranapanema-Avaré – Ceripa (SP): aumento médio de 20,63%, com impacto médio de 20,28% na alta tensão e 20,87% na baixa tensão.
Cooperativa de Eletrificação Rural Cachoeiras do Itaboraí – Cerci (RJ): reajuste médio de 2,78%, com redução média de 2,82% na alta tensão e aumento de 3,25% na baixa tensão.
Cooperativa de Eletrificação Rural de Araruama – Ceral Araruama (RJ): redução média de 0,05%, com alta de 1,06% na alta tensão e queda de 0,30% na baixa tensão.