O consumo de energia elétrica cresceu 3,3% em março na comparação com o mesmo mês de 2022, segundo o último boletim da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O resultado foi puxado pela maior taxa de expansão da indústria desde setembro de 2021, de 5,8%, seguida pelas classes residencial e comercial. No acumulado em 12 meses a demanda aponta alta de 1,6%.
Embora a indústria tenha elevado o consumo, 19 dos 37 setores monitorados apresentaram retração, cinco deles entre os dez mais eletrointensivos, como produtos químicos. Já a liderança na expansão ficou com a metalurgia. Entre as regiões, avanço em todas as localidades.
Nas residências o avanço de 2,8% foi influenciado pelo clima mais seco, pelo programa de redução de perdas de algumas distribuidoras, melhoria da qualidade de operação com redução do DEC e FEC e as tarifas de energia elétrica mais baixas. Todas as regiões do país tiveram expansão no consumo, sendo o Norte e Roraima os maiores destaques. Já o Mato Grosso do Sul computou a maior queda, de 15,9%.
Nos comércios, menção para o desempenho do setor de serviços, sobretudo no Norte, Sul e Sudeste, enquanto Nordeste e Centro-Oeste anotaram reduções. Entre os estados Roraima é novamente o destaque positivo e MS negativo.
Quanto ao ambiente de contratação, o mercado livre apresentou crescimento de 8,9% no mês, enquanto o regulado permaneceu estável. Segundo a análise da EPE, o clima um pouco mais seco em alguns estados do país contribuiu para o aumento do consumo, com destaque para o Norte e Sul.