O mercado livre de energia computou mais de 1,4 mil novas unidades consumidoras no primeiro trimestre do ano, acréscimo de 30% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo levantamento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Considerando o avanço observado no ano, o ambiente de contratação já agrupa mais de 32 mil pontos de consumo e representa 37% da demanda total por energia elétrica no Brasil.
O levantamento mostra que a maior parte das adições no período, cerca de 850, está na categoria Especial, que dá aos agentes o direito de escolher fontes incentivadas, como eólica, solar, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas. O restante está na faixa Livre, que pode negociar com qualquer tipo de fonte.
Na avaliação por ramos de atividade econômica, a maioria das unidades do ACL está distribuída entre os setores de comércio, serviços e alimentos. Já na pesquisa regional os pontos estão mais concentrados em São Paulo (10 mil), Rio Grande do Sul (3 mil) e Minas Gerais (2,9 mil).
Em setembro de 2022 o Ministério de Minas e Energia publicou a Portaria 50/2022, que permite que todos os consumidores ligados na alta tensão, como indústrias e médias empresas, possam operar no mercado livre a partir de 2024. A pasta também abriu uma Consulta Pública para contribuições do mercado com relação ao cronograma de abertura para residências, pequenas empresas, unidades rurais e do serviço público.