A Agência Nacional de Energia Elétrica adiou a decisão sobre o recurso interposto pela Renova Energia para a negativa a solicitação de emissão de Despachos de Recebimento do Requerimento de Outorga de 153 EOLs e 10 UFVs que somam 5,5 GW. A diretora Agnes da Costa pediu vistas do processo.

A recusa da Aneel na concessão das outorgas vinha entre outros motivos pelo fato da Renova estar em recuperação judicial e os investimentos necessários para a implantação das usinas ficarem em R$ 22 bilhões. Após o envio do recurso, houve uma reformulação do pedido, reduzindo para a metade a solicitação, restando apenas os projetos Cordilheira dos Ventos, Mina de Ouro Fase C, Graúna, Barra e Tupamama, que somam 2,6 GW. A geradora também alegou que a entrada da Angra Partners no quadro acionários da empresa lhe concederia o fôlego financeiro preciso para os investimentos.

As alterações no recurso faziam com que o relator do voto, Helvio Guerra, sinalizasse pela aceitação do recurso, om exceção do complexo eólio Barra, já que a Renova não demonstrava ter a posse do terrenos do empreendimento. Mas antes do pedido de vista, houve um impasse entre a diretoria do órgão regulador. O diretor Fernando Mosna questionou a manutenção do voto do relator original. Segundo ele, houve uma customização do pleito inicial de 5,5 GW, que se transformou em 2,6 GW com um sócio, um novo pedido.

O diretor-geral Sandoval Feitosa considerou os elementos adicionais como fatos novos. O voto do diretor original é mantido, mas um novo pedido é apreciado com todos os diretores habilitados para se manifestar.