Nesta sexta-feira, 05 de maio, a Itaipu Binacional completa 39 anos do início de produção de energia limpa e renovável. São mais de 2,9 bilhões de megawatts-hora (MWh) acumulados desde o giro da primeira unidade geradora, em 1984. A energia é suficiente para atender o planeta todo por 42 dias; o Brasil, por 5 anos e 11 meses; o Estado de São Paulo, por 22 anos; o Paraguai, por 146 anos.
Com 20 unidades geradoras e potência instalada de 14 mil MW, a Itaipu registrou em 2016 a marca anual de 103,09 milhões de MWh, a maior de sua história. Mesmo com geração menor nos últimos anos, devido à estiagem que atingiu a Bacia do Paraná, a usina fechou 2021 com 66,3 milhões de MWh e 2022 com 69,8 milhões de MWh. Só este ano, a usina produziu, de janeiro até 30 de abril, quase 28 milhões de megawatts-hora (MWh), 39% a mais do que os 19,9 milhões de MWh registrados no mesmo período do ano passado.
A produção acumulada em 2023, quando comparada à das maiores usinas brasileiras, é equivalente a 1,3 vez à de Belo Monte (21.279.769 MWh) em 2022; 2,2 vezes a geração de Tucuruí (12.751.870 MWh) no mesmo ano, e 2,3 vezes a soma da produção das usinas de Santo Antônio e Jirau (11.966.898 MWh), em 2022.
No primeiro trimestre de 2023, a participação de Itaipu no mercado nacional foi de 9,5%. A usina atendeu também 90,1% do consumo paraguaio. Segundo o diretor-geral brasileiro, Enio Verri, esses números mostram a importância da usina para os dois sócios do empreendimento. Ele ainda destacou que o Brasil ainda precisa muito de Itaipu, para atender a um consumo crescente de eletricidade.
Ao Paraguai, Itaipu, ainda de acordo com Verri, é fundamental para o presente e garantia de desenvolvimento e progresso nos anos futuros, com a perspectiva de atrair cada vez mais empresas, pela oferta de energia elétrica barata e abundante.
Para manter a continuidade do alto desempenho da usina, Itaipu deu início à atualização tecnológica, que contempla a substituição de todos os cabos de força e controle e dos sistemas do controle centralizado, das unidades geradoras, da subestação isolada a gás, dos serviços auxiliares, do vertedouro e de medição e faturamento.
Isso é necessário, conforme a gerente executiva do Comitê Gestor do Plano de Atualização Tecnológica, Renata de Biasi Ribeiro Tufaile, devido à importância de utilizar tecnologias digitais mais atuais nos sistemas e equipamentos elétricos e eletrônicos. Também será modernizada a Subestação da Margem Direita, que conecta Itaipu ao sistema elétrico paraguaio e ao sistema de corrente contínua de Furnas, que transmite parte da energia de Itaipu ao Brasil.
Mas não será necessário substituir os equipamentos principais, como os geradores, as turbinas, os transformadores elevadores de alta tensão, bem como as comportas da tomada d’água e do vertedouro. O Plano de Atualização Tecnológica começou a ser executado em 2022 e há uma série de atividades programadas para 2023.