A fabricante dinamarquesa de aerogeradores Vestas deixou o campo negativo do ano passado e terminou o primeiro trimestre de 2023 com lucro líquido de 16 milhões de euros. O resultado operacional medido pelo Ebit ficou em 40 milhões de euros ante um nível negativo de 329 milhões de euros de um ano antes. A margem EBIT antes dos itens especiais avançou a 1,4%, ante os 13,2% negativos no primeiro trimestre de 2022. A receita trimestral alcançou 2,8 bilhões de euros, alta de 14% quando comparado ao mesmo período de 2022.
A entrada trimestral de pedidos firmes e incondicionais de turbinas eólicas ficou em 3.303 MW, alta de 12% na comparação ante o mesmo período de 2022. O preço médio por MW ficou em 0,89 milhões de euros. O valor da carteira de pedidos de turbinas eólicas era de 19,7 bilhões de euros em 31 de março de 2023. No trimestre o Brasil e a África do Sul se destacaram.
Em serviços com receita contratual futura esperada o valor da carteira estava em 31 bilhões de euros. Assim, combinadas as duas frentes de atuação os pedidos somavam 50,7 bilhões de euros, um aumento de 1,8 bilhão de euros em comparação com o período do ano anterior.
O volume de entregas em MW no trimestre esteve bem próximo do realizado no ano passado foram 2.317 contra 2.236 de um ano atrás, alta de 3,6%. O Brasil foi o maior mercado para a fabricante em termos de entregas com 420 MW de janeiro a março, mais da metade do que foi realizado nas Américas como um todo que somou 795 MW. O segundo país da lista foi a Alemanha com 367 MW e os Estados Unidos em terceiro lugar com 299 MW entregues.
Com esses números, a empresa manteve a orientação para o ano inteiro. A receita esperada está na faixa de 14 bilhões a 15,5 bilhões de euros, incluindo receita de serviços, que deve crescer no mínimo 5%. A Vestas espera atingir uma margem EBIT antes de itens especiais de 2% a 3% com uma margem EBIT de serviço de aproximadamente 22%. Os investimentos totais deverão somar 1 bilhão de euros em 2023. Nos três primeiros meses do ano o aporte ficou em 107 milhões de euros.
Em comparação com 2022, a lucratividade no primeiro trimestre de 2023 foi impactada positivamente pela venda do negócio de conversores, menores provisões de garantia e sólida lucratividade em Serviços. Segundo a empresa, a indústria eólica continua sendo desafiada pela incerteza política, lentos processos de licenciamento e alta inflação. Afirmou ainda esperar que esses fatores continuem ao longo de 2023.