A Renova Energia fechou o primeiro trimestre com prejuízo de R$ 44,4 milhões, melhorando em 32% melhor o resultado em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o prejuízo chegou a R$ 66,1 milhões. A companhia divulgou suas demonstrações financeiras, reportando que a receita operacional líquida foi 110% superior, atingindo R$ 66 milhões, enquanto o EBITDA saltou 382,7% para R$ 20,9 milhões.

Os custos totalizaram R$ 30,9 milhões no período, aumento de 2,8%, sendo considerado como gerenciáveis o montante de R$ 25,1 milhões. Já os custos não gerenciáveis computaram R$ 5,8 milhões, referente aos encargos de uso do sistema de distribuição, após a entrada em operação comercial dos parques eólicos da empresa.

O resultado líquido financeiro ficou negativo em R$ 39,5 milhões, redução de 24,8% na comparação anual. Por sua vez o patrimônio líquido é de R$ 897,8 milhões, além de prejuízos acumulados de R$ 3,2 bilhões e passivos circulantes de R$ 290,5 milhões.

A desenvolvedora vem dando continuidade ao seu projeto de reestruturação e soerguimento, prevendo a resolução e saída da recuperação judicial para início desse segundo semestre. Entre os destaques do ano está a homologação do aumento de capital no valor de R$ 31,3 milhões, a contratação de assessores financeiros com o objetivo de otimizar a estrutura e perfil do endividamento, em especial o pagamento da primeira parcela aos credores de classe II e III do plano de recuperação em fevereiro.

Geração e pipeline

Quanto a geração, nos meses de janeiro a março foram alcançados médias de 95,6 MWm, 150,1 MWm e 144,3 MWm vindo de Alto Sertão III, que entrou em operação de forma escalonada ao longo de 2022. O parque possui 420 MW operacionais e fator de capacidade aproximada de 48%, com a intermitência do vento sendo menor nos três primeiros meses do ano na Bahia, em linha com o que a companhia esperava, assim como um segundo semestre muito melhor.

 Também na Bahia, o complexo solar Caetité tem capacidade instalada de 4,8 MWp e previsão de conclusão para o segundo semestre desse ano. São 19.500 placas fotovoltaicas de 245 W cada e quatro inversores, com a energia gerada a ser comercializada na modalidade de geração distribuída, atendendo consumidores locais.

A Renova também segue realizando investimentos para concluir a regularização fundiária dos projetos em fase de desenvolvimento, tendo 5,3 GW licenciados ambientalmente e certificações concedidas com potência estimada em 7,1 GW eólico e mais 2,1 GW solar (430 MW desenvolvidos e 1,7 GW em preparação), localizados em diversos estados brasileiros.