A Agência Nacional de Energia Elétrica concluiu o processo de revisão tarifária da Cemig, com a aprovação de um aumento médio de 13,27% para as tarifas da distribuidora. O efeito médio a ser percebido pelos consumidores é de 8,94% na alta tensão e de 15,55% na baixa tensão, mas as contas de luz residenciais, especificamente, ficarão 14,91% mais caras a partir de 28 de maio.
O item que mais contribuiu para o resultado foi a retirada da tarifa de um valor superior a R$ 3 bilhões em créditos tributários de PIS/Pasep e Cofins, que foram devolvidos ao consumidor da Cemig no reajuste do ano passado. O impacto redutor dessa devolução, segundo a Aneel, ficou em torno de 9%, e com a retirada do componente financeiro no processo atual, há a percepção de aumento de 10,10% da base tarifária.
A agência vai encerrar esse ano a devolução do estoque de créditos da distribuidora, que era de R$ 6,2 bilhões, com o repasse ao consumidor de uma última parcela de quase R$ 1,3 bilhão. Na revisão atual, os demais itens de custo tiveram peso bem menor que a retirada dos financeiros dos últimos 12 meses.
A parcela da distribuidora ficou em 0,66%, os encargos setoriais em 2,63%, o transporte em 1,25% e a compra de energia em 1,31%. Já o impacto do crescimento da micro e minigeração distribuída ficou em 0,32%. Foram retirados também da tarifa 2,58% em financeiros do processo atual.