O governo de Angola inaugurou o Aproveitamento Hidrelétrico (AH) de Laúca, obra construída pela OEC e que adiciona 65,5 megawatts gerados ao complexo energético. Com a conclusão das obras, Laúca oferece 2.070 megawatts de capacidade instalada, aproximadamente 40% da demanda energética de Angola, com capacidade de produção total anual de 9 mil GWh.
A barragem instalada possui 1.070 metros de comprimento e 156 metros de altura e um lago artificial com 188 km quadrados de área. A central principal é 100% subterrânea e comporta seis geradores, cada um com 334 megawatts de capacidade.
O AH de Laúca gerou mais de 10 mil empregos diretos e 53 mil indiretos, com 95% dos quadros formados por angolanos. Foram formados e contratados mais de 2,3 mil trabalhadores através do programa acreditar, com formação básica e específica em diversas profissões como ferreiros, carpinteiros, entre outros. Também foram contratados mais de 150 jovens recém-formados em diversas áreas de atuação para a primeira oportunidade de emprego.
E para absorver o gigantismo das obras, a OEC construiu uma grande infraestrutura de apoio para acomodar os integrantes composta por alojamentos, complexo desportivo, centro médico, cine-teatro, agência bancária, supermercado, drogaria, ginásios e até um salão de beleza. No pico das obras, foram servidas mais de 29 mil refeições por dia no refeitório construído na região localizada nas províncias de Malanje e do Kwanza Norte.
Além disso, através do programa socioambiental implementado junto às comunidades, o projeto tem realizado o replantio, com a compra de mudas nativas e geração de renda para os moradores das comunidades vizinhas. Além dessa iniciativa, o AH Laúca também recuperou 60 hectares de área degradada no canteiro das obras e resgatou mais de 1.500 animais e 200 espécies de plantas nativas durante o enchimento do lago.
Com a inauguração, a OEC contribui significativamente para a mudança na matriz energética de Angola, país dependente de petróleo, com uma fonte de energia limpa e sustentável. Segundo o governo local, com mais disponibilidade e segurança energética, o país segue rumo ao desenvolvimento social e econômico, mais atrativa aos investidores estrangeiros e mais capaz de apostar na educação e na criação de emprego.