A prévia da inflação de maio, medida pelo IPCA-15, ficou em 0,51%. Esse índice é 0,06 ponto percentual abaixo da taxa registrada em abril que ficou em 0,57%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 25 de maio, pelo IBGE e apontam que energia teve peso no índice do grupo Habitação que ficou em 0,43%.

A alta da energia elétrica residencial foi justamente o mesmo índice do IPCA-15, 0,51%. Esse é o resultado de reajustes aplicados em três áreas de abrangência do índice. Um deles em Salvador com 5,82%, onde houve reajuste de 8,28% a partir de 22 de abril, outro foi em Fortaleza de 2,20%, onde o reajuste de 4,85% foi aplicado a partir da mesma data e em Recife com 0,05%, onde o reajuste de 8,33% teve vigência a partir de 14 de maio.

As maiores influências, no entanto, vieram dos grupos Alimentação e bebidas, que registrou aceleração de 0,04%, em abril, para 0,94%, impactando em 0,20 p.p o IPCA-15 em maio, e Saúde e Cuidados Pessoais, que também contribuiu com 0,20 p.p. nesse mês.

No ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado hoje pelo IBGE, acumula alta de 3,12% e, em 12 meses está em 4,07%, patamar ligeiramente abaixo dos 4,16% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2022, a taxa foi de 0,59%.

Quanto aos índices regionais, todas as áreas pesquisadas tiveram alta em maio. A maior variação foi registrada em Belo Horizonte (0,90%). A principal contribuição para o resultado veio do ônibus urbano, com alta de 24%. Já a menor variação foi observada em Recife (0,19%),influenciada pelas quedas de 18,25% nas passagens aéreas e de 3,46% na gasolina.

Para o cálculo do IPCA-15, a metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica. Os preços foram coletados no período de 14 de abril a 15 de maio de 2023 e comparados com aqueles vigentes de 16 de março a 13 de abril de 2023.