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De olho na popularização da energia solar e de outras fontes limpas, a Lemon Energia está regionalizando a expansão de seu serviço de assinatura digital de energia para o estado de Goiás (na área de concessão da Equatorial) e o interior de São Paulo (na região da CPFL Paulista). Com novas usinas solares já integradas ao marketplace, a previsão é que até o fim de 2023, Goiás responda por 25% da operação da startup e o interior de São Paulo, 20%.

Para o CEO e cofundador da Lemon Energia, Rafael Vignoli, a companhia vai ao menos dobrar de tamanho, expandindo a base de clientes para cerca de 10 mil clientes, que são sempre pequenos e médios negócios. “Essa expansão vem na esteira do aporte recebido em 2022, de R$ 60 milhões, que permitiu dobrar o time, para 120 pessoas, e investir em tecnologia. E esse crescimento se dará em duas frentes. Em uma, a Lemon abriu uma nova praça de operação em Goiânia e região, na rede atendida pela Equatorial. Ao mesmo tempo, estamos ampliando a oferta de assinatura de energia no interior de São Paulo, na área atendida pela CPFL Paulista”, disse.

Ele ainda destacou que a outra frente de crescimento será em Minas Gerais, hoje como principal mercado e que deve ter mais oferta de energia limpa e mais barata após negociações ainda em andamento. “As regiões de Goiânia e do interior de São Paulo vão responder por quase metade da nossa operação até o fim de 2023 (25% e 20%, respectivamente). Esse crescimento está contratado, uma vez que a Lemon já fechou acordos com uma série de usinas solares nas duas regiões para oferecer o nosso serviço de assinatura digital de energia”, explicou.

Vignoli afirmou com exclusividade que à Agência CanalEnergia que, no interior de São Paulo, eles vão começar a captar os clientes que desejam usar energia limpa e mais barata sem a necessidade de instalar painéis solares e estão na rede da CPFL Paulista, com foco nas cidades de Campinas, Ribeirão Preto e Bauru. “Temos três usinas no interior de São Paulo, sendo uma já pronta e outras duas em fase final de construção. Parte desses consumidores começa a receber o desconto na conta de luz já entre o primeiro e segundo semestres, enquanto o restante será alocado para as duas usinas solares ainda em fase final de construção”, ressaltou.

O executivo também destacou que a Lemon é uma companhia “asset light”, ou seja, não é dona das usinas, e por meio de tecnologia e dados usa sua plataforma para conectar de maneira eficiente produtores de energia limpa e os consumidores finais – atuamos no mercado de geração compartilhada remota. “O modelo garante agilidade para que a startup consiga avançar em seu plano de expansão regional ao integrar mais usinas ao seu marketplace. Além disso, a Lemon está mudando a maneira como os pequenos e médios negócios no Brasil consomem energia – trazendo uma experiência mais simples, digital e, claro, uma energia limpa”, disse.

A Lemon Energia está presente em seis regiões brasileiras (SP, RJ, MG, MS, DF e GO). Hoje, Minas Gerais, estado pioneiro na adoção de energia sustentável, concentra a maior parte dos clientes da startup, cerca de 80%. E os clientes finais da Lemon são sempre pequenos negócios, com gasto mensal de ao menos R$ 500 na conta de luz. Com esse posicionamento, a startup consegue escalar em receita com menos clientes. Outro ponto positivo é entender com mais profundidade um tipo específico de público. Desde o início das operações da startup, os clientes finais já economizaram R$ 9 milhões e ajudaram a evitar a emissão de 7 mil toneladas de CO2.

A expansão regional da Lemon é reflexo do amadurecimento do negócio e do crescimento das fontes limpas de energia por meio da geração distribuída, mercado em que atua a Lemon. Antes muito concentrada em Minas, a geração distribuída tem avançado em mais Estados.

São Paulo, por exemplo, tem hoje 2,92 GW de potência instalada na geração distribuída, à frente de Minas Gerais, com 2,83 GW, que era o estado líder desde 2016, segundo dados mais recentes da Aneel.

Rafael Vignoli ainda afirmou que o mercado de geração distribuída é relativamente novo no Brasil, mas é responsável pela maior parte do crescimento da capacidade instalada de energia solar. “O marco regulatório trazido pela lei 14.300 foi definitivamente um divisor de águas para o nosso segmento e trouxe mais segurança para quem deseja investir em usinas solares ou de outra fonte limpa”, disse.

Ele ainda acredita que esse avanço é importante para a Lemon porque é uma companhia que opera um marketplace, conectando a ponta produtora (as usinas) com os pequenos e médios negócios. “Desde o ano passado, observamos um interesse crescente das usinas em conhecer o nosso modelo, o que demonstra que a figura de um gestor de usinas ainda tem muito espaço para crescer. Acompanhamos de perto os avanços regulatórios do setor e acreditamos que há potencial para a energia limpa e sustentável chegar a milhões de clientes sem nenhum custo extra embutido”, explicou.

O executivo finalizou dizendo que dentro da geração distribuída, existe a geração remota compartilhada, modelo em que atua a Lemon. “Esse é o único meio de democratizar o acesso às fontes limpas e mais baratas de energia, porque não exige a instalação de painéis solares”.