A projeção de afluências para o final do mês de junho começa com uma expectativa positiva para o Norte do país. A previsão inicial apresentada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico é de que energia natural afluente naquela região continue na média histórica. Outro destaque está com o Sudeste/ Centro-Oeste com 87% da MLT, depois vem o Sul que tem projeção de 61% e o Nordeste, novamente com o menor índice de ENA, com 45% da média.
O mês de maio, indicou o ONS, teve vazões de 87% no SIN. Resultado do Sul com 61% da MLT, Norte com 98%, SE/CO com 92% e o NE com apenas 56%, índice que representa o 13º pior mês de maio do histórico.
Não é coincidência que atualmente não há mais usinas no Sul e Sudeste que estejam com os vertedouros abertos. Apenas no Norte esta condição permanece. Inclusive está lá na região mais equatorial do país os volumes que ainda poderão ser enquadrados para a exportação de vertimento turbinável. Contudo, uma condição é de que haja capacidade de transmissão na interligação do Norte para o SE.
No maior submercado do país as vazões em todos os meses do ano estavam em níveis elevados. A exceção foi maio que ficou como o 32º pior do histórico para o período. De janeiro a abril todos os meses tiveram ENA acima da média. Com isso, a situação de armazenamento nas bacias do Sudeste estão em níveis elevados, próximo das máximas. Serra da Mesa, uma das principais cabeceiras do país, também apresenta essa condição.
Como o Brasil está no período seco, a tendência é de que haja recessão das afluências em todas as bacias. Mas, o ONS classificou como leve esse declínio de vazões.
A previsão de carga foi divulgada na quinta-feira, 26 de maio, com a previsão de que haja um aumento de 3,3% na comparação com junho do ano passado.
Assim, o operador calcula que o nível dos reservatórios no SE/CO e NE comecem a deplecionar ante o volume desta sexta-feira. A estimativa é de chegarem em 85,2% e em 83,9% ao final de junho nesses subsistemas. No Sul e no Norte a trajetória é de elevação para 84,5% e de 99,9%.
O custo marginal de operação médio continua zerado em todo o país, em todos patamares de carga. Com isso, geração térmica somente por inflexibilidade declarada pelas usinas. Nessa semana, de 4.707 MW médios.
Em termos de meteorologia, houve atuação do sistema de alta pressão nas regiões Sul e Sudeste nos últimos sete dias que afetou a ocorrência de precipitação nas bacias de interesse do SIN, exceto na bacia do rio Madeira e nos trechos baixos das bacias dos rios Tocantins e Xingu, onde ocorreu chuva fraca em pontos isolados.
Para a semana operativa que se inicia, a previsão indica que deverá ocorrer precipitação nas bacias dos rios Jacuí, Uruguai, Iguaçu, Paranapanema, Tietê, no trecho incremental à UHE Itaipu e em pontos isolados do Grande. Já na bacia do rio Madeira e nos trechos baixos das bacias dos rios Xingu e Tocantins permanece a condição de pancadas de chuva em pontos isolados.