O setor de biogás prevê a entrada de 65 novas usinas de produção de biometano até 2029, com capacidade instalada de 5,9 milhões de Nm³/dia (metro cúbico normal por dia) e investimento em torno de R$ 9 bilhões. Desses, 50% são de resíduos de saneamento, 43% do setor sucroenergético, 6% da agricultura e 1% de proteína animal. O energético pode ser usado na produção de hidrogênio ou diretamente pela indústria.
Seis plantas de produção de biometano já foram autorizadas pela Agencia Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis, e outras 11 estão em processo de autorização, sendo cinco a partir de resíduos de saneamento e uma de resíduos sucroenergéticos.
O maior entre os projetos já autorizados é o da Gás Verde, instalado em Seropédica (RJ), que tem capacidade instalada de 204 mil NM³/d. A lista inclui plantas da GNR Fortaleza Valorização de Biogás (CE), com 110 mil Nm³, e GNR Dois Arcos Valorização de Biogás (RJ), com 16 mil Nm³; da Metagás Biogás e Energia (SP) e da Engep Ambiental (SP), com 30 mil Nm³ cada uma; e da Cocal Energia (SP), unica a partir da biomassa da cana, com 27,1 mil Nm³/d.
Os 11 pedidos de autorização somam mais de 370 mil Nm³ dia de empreendimentos localizados em São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Goiás, segundo dados da Associação Brasileira do Biogás. Desses, o maior é o da Raízen Energia, em Piracicaba (SP), com 103 Nm³/dia.