A principal região de monitoramento do Pacífico que indica a tendência da ocorrência tanto de El Niño quanto La Niña, conhecida como Niño 3.4 apresentou uma elevação da temperatura de 0,5 grau acima da média para 0,9 grau Celsius. Esse aumento reforça a tendência de que o El Niño está se configurando. Mas ainda é cedo para afirmar que poderá ser um fenômeno extremo.
De acordo com o meteorologista da Climatempo, Pedro Regoto, esse aumento surpreendeu por ser exponencial, quase dobrou em uma semana apenas. Mas lembrou que essa variação pode ocorrer tanto para cima quanto para baixo.
“Quando olhamos a tendência longo prazo, vemos que o fenômeno vem concretizando, mostra que a tendência está se confirmando. Agora, falar se será extremo ainda é cedo, temos que ser conservadores, mas o indicativo vem se confirmando ao longo do tempo”, comentou ele durante sua participação no CanalEnergia Live desta quarta-feira, 7 de junho, na Coluna semanal com a Climatempo, cujo vídeo você pode assistir logo acima.
Regoto explicou que são quatro as regiões de monitoramento do Pacífico, mas que essa é a que mais impacta por estar localizada na região central, com leve deslocamento a Leste. E ainda, que para chegarmos ao El Niño extremo é necessário que a temperatura esteja 2 graus acima da média. A última vez que isso ocorreu foi justamente no último fenômeno dessa natureza, entre 2015 e 2016 quando a temperatura alcançou 2,6 graus acima da média.
Para o curto prazo a visão é de que o período seco está estabelecido no Brasil quase todo. Estamos em uma situação que é normal para o momento, inclusive com o aumento dos ventos no Nordeste, reforçando a geração eólica.