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A EDP conquistou o primeiro lugar no ranking de reputação do Anuário Integridade ESG 2022, no segmento de energia. A publicação feita pela Insight Comunicação, com apoio do Bradesco, analisou ações e projetos das 500 maiores empresas brasileiras nas áreas ambiental, social e de governança. A empresa recebeu, entre as demais de energia elétrica analisadas, a maior nota no Índice de Imagem ESG (iESG), calculado a partir da análise de 14 mil menções à temática ESG. CPFL, Energisa, Enel e Eletrobras completaram o top 5 da classificação.

Segundo dados do anuário, a EDP estabeleceu metas ambiciosas para 2025: alcançar um gigawatt em capacidade instalada de energia solar no Brasil, reaproveitar 90% dos resíduos, investir R$ 120 milhões em projetos sociais e aumentar a diversidade de gênero para que pelo menos 30% da força de trabalho seja composta por mulheres e, até o fim de 2022, para que 20% de mulheres ocupem posições de liderança.

A EDP é uma das duas empresas brasileiras que alcançaram pelo menos uma das metas de redução de emissões aprovadas pelo Science-Based Targets Initiative (SBTi), um programa que incentiva as empresas a adotarem metas de redução de emissões de gases de efeito estufa baseadas na ciência.

Em segundo lugar aparece a CPFL, que de acordo com o anuário, está construindo um forte histórico ESG. A quarta posição no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3 reflete uma série de compromissos institucionais mas, para além disso, a companhia apresenta metas ambiciosas e projetos importantes para a sustentabilidade de suas operações – e da transição energética nacional como um todo. A CPFL tem planos de investir R$ 1,8 bilhão até 2024 em projetos voltados para uma produção e consumo de energia inteligentes.

Ocupando o terceiro lugar na lista, a Energisa se caracteriza por uma forte pegada ambiental, acentuada por um crescente número de projetos com foco na transição energética. Em 2022, a companhia apresentou seus compromissos de desenvolvimento sustentável até 2050, calcados em cinco eixos e sete metas ESG. Um dos pontos cardeais, já em andamento, é o projeto de descarbonização a partir da desativação de 20 termelétricas até 2025.

De acordo com o anuário, a Enel direciona sua trajetória rumo à sustentabilidade energética com um conjunto abrangente de iniciativas que espelham uma estratégia de longo prazo e por isso aparece em quarto lugar. O destaque ficou por conta especificamente em solo nacional, de outra peça crucial nesse quebra-cabeça que é a Enel Green Power (EGP), uma divisão da Enel que aparece como líder em energia solar e eólica. No ano de 2021, a EGP inaugurou a operação de quatro empreendimentos, que somam um gigawatt de capacidade instalada. Entre eles, o parque eólico Lagoa dos Ventos no Piauí, o maior da América do Sul e da Enel como um todo.

A EGP também confirmou um aporte de R$ 2,5 bilhões para um novo parque eólico na Bahia, além de ter investido R$ 4,5 bilhões em energia eólica e solar no país apenas em 2021. Entre 2022 e 2024, a Enel Américas planeja adicionar mais 3,5 gigawatts em capacidade renovável na América Latina – sendo 2 gigawatts no Brasil – com um investimento total de US$ 2,2 bilhões.

Por último, a Eletrobras tem estado no centro dos debates políticos e econômicos desde a sua privatização, que, em paralelo, gerou muita expectativa acerca do aumento de investimentos, parte deles em projetos ligados à sustentabilidade. Em 2022, a empresa foi reintegrada ao Índice de Sustentabilidade da B3 em 2022, evidenciando avanços – e melhores projeções – na reputação ESG.
Para alcançar suas metas de sustentabilidade, a companhia conta com o Programa Sustentabilidade 4.0, parte integrante do Plano Diretor de Negócios e Gestão, com 12 projetos relacionados a dimensões social, ambiental, governança e econômico-financeira. Segundo o anuário, a Eletrobras tem 97% de sua capacidade instalada originária de fontes com baixa emissão de gases de efeito estufa.

Ranking geral

No ranking geral de reputação de empresas, a Ambev conquistou o primeiro lugar. Suzano, Gerdau, Bradesco e Itaú completaram o top 5 da classificação geral. Foram oito os setores da economia mais representativos, que somam 75% da audiência relacionada à temática ESG. Além do de Energia Elétrica, os demais são: Bancos; Alimentos e Bebidas; Petróleo, Gás e Derivados; Varejo; Mineração e Siderurgia; Cosméticos; e Papel e Celulose.