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A pouco mais de seis meses da abertura da alta tensão, tempo mínimo para que um consumidor inicie o processo, o movimento dos novos elegíveis ao ACL está acelerado. Quem conta isso é o diretor de Novos Negócios da Migratio Energia, Fábio Saldanha. Esse movimento traz otimismo à empresa que tem seu foco justamente em pequenas e médias empresas, perfil dos novos consumidores que poderão escolher seu fornecedor de energia a partir do ano que vem.
Com essa ampliação, a companhia tem focado seu esforço comercial para sua varejista. Atualmente a carteira da empresa conta com 50 pontos contratados e quatro deles operacionais. Mas o grande volume deverá chegar mesmo a partir de 2024. Com esse volume, essa divisão da Migratio, empresa surgida há 10 anos em Limeira (interior de São Paulo), deverá contribuir com mais 20 MW mensais.
A empresa projeta alcançar sua meta de aumentar o volume de contratos de energia em mais de 22% até o final de 2024. Se esse volume se confirmar sairá dos atuais 180 MW mensais para 220 MW mensais nos próximos 18 meses em seu portfólio varejista e atacadista.
“Com a abertura do mercado a partir de janeiro, o volume de clientes atendidos aumentará. Nossa meta é alcançar 500 em 12 meses”, disse Saldanha. “Essa é uma meta, mas o sentimento que temos é de que não será difícil inclusive, podermos chegar a 1 mil”, acrescentou ele em entrevista à Agência CanalEnergia.
A comercializadora no atacado é responsável pela gestão de mais de 200 pontos entre geradores e consumidores no Mercado Livre e assessorou mais de 50 projetos de geração de energia para assuntos regulatórios, comerciais, obtenção de REIDI e através de análises de viabilidade técnica-financeira.
Esses números ao longo de 10 anos são o resultado de uma estratégia conservadora de atuação da Migratio. A empresa não entra no trade da energia de papel. Seu negócio está centrado em atender diretamente consumidores e geradores de energia apenas.
A Migratio calcula que o volume de negócios que devem ser gerados pelos pequenos e médios consumidores de média e de alta tensão via a varejista no curto prazo representará um incremento no resultado de aproximadamente R$15 milhões até o final de 2024.
O executivo ressalta que a expectativa decorre de um incremento no volume de negócios que serão viabilizados por meio de produtos como a flexibilidade dos contratos na varejista caso haja demanda excedente ante a que foi contratada, uma questão que não é raro de se verificar, ainda mais naquele nicho de consumidores.
No foco da empresa estão não apenas os segmentos comercial e industrial. Ele disse que parceiros já identificaram mais de uma centena de edifícios residenciais que estarão aptos ao mercado livre somente na cidade de Jundiaí (SP). Segundo ele, isso demonstra o potencial enorme que esse movimento de abertura tem trazido para as empresas em todo o país.