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Em busca de angariar conhecimento nas novas tecnologias da transição energética, a Petrobras cogita parcerias no exterior em temas como eólica offshore e hidrogênio verde. De acordo com o diretor de Transição Energética da estatal, Mauricio Tolmasquim, apesar da intenção, ainda não há parcerias fechadas. “Não quer dizer que vamos fazer, mas não estamos descartando essa possibilidade”, explicou o diretor, que participou nesta quinta-feira ,15 de junho, do lançamento do Centro Virtual de Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono, da Coppe-UFRJ, no Rio de Janeiro (RJ).

Ele conta que o investimento seria como minoritário em plantas em leilões ou em construção. A inciativa pode envolver grandes empresas que já atuam no mercado internacional renovável. Ele conta que o foco da Petrobras é a produção no Brasil, mas enquanto os marcos regulatórios do hidrogênio e da eólica em alto mar não são votados no Congresso, isso serviria para ter o aprendizado. A aprovação traria sinalizaria um ambiente de negócios que poderia liberar projetos de interessados em investir no Brasil.

Os desafios para a transição predominaram no debate. Para o diretor da Petrobras, a descarbonização passará pela eletrificação dos mais variados setores, mas alguns como a siderurgia e transportes aéreos, por questões técnicas, não poderão aderir incialmente ao movimento. Ele vê o hidrogênio como elemento importante, mas lembra que o energético só poderá ser produzido a partir de energias renováveis, o que tem feito com a que a empresa volte seus olhares para as renováveis. A revisão do plano estratégico 2024-2028 definiu que de 6% a 15% do investimento vão para projetos de baixo carbono. O hidrogênio azul, que ao contrário do verde, não é renovável mas reduz emissões, também está no radar da petroleira.

O gás natural, tido como ator importante na transição, também foi tema de discussão. Segundo o diretor da Petrobras, as reservas do país não são tão grandes quanto se imaginam, na comparação com países como Rússia e Estados Unidos. “Temos gás, mas não tanto quanto gostaríamos de ter”, comenta. A localização na costa também o deixa em desvantagem com o shale gas. A impossibilidade de executar todos os destinos demandará escolhas sobre o melhor uso do insumo, se é para geração de energia, GNV ou para matéria-prima na indústria. ‘Esse é o debate”, observa. A Petrobras deu mais opções de prazos de contratos, a agora são cinco, Sobre o propagado choque de oferta, seria em comparação com o que havia disponível e uma parte do volume que irá vai entrar será para substituir reservas que estão caindo.

O CEO da Shell, Cristiano Costa, também atentou para os custos do processo de extração e transporte, que acabam reduzindo a competitividade. Segundo ele, a reinjeção do gás deve ser desmistificada. Ele conta que as grandes operadoras costumam ser vilanizadas por conta disso. A redução de CO2 e o equilíbrio da pressão do reservatório demandam cada uma 40% do que é reinjetado no processo, ficando os 20% restantes por falta de mercado e rota para escoamento. “Ninguém reinjeta gás offshore porque quer”, aponta.

O executivo alertou ainda para a necessidade do incremento da eficiência operacional para reduzir as pegadas de carbono. Costa deu como exemplo a indústria do transporte, que dobrou nas das deca mas reduziu a sua intensidade de carbono em 40%, devido a êxito na eficiência operacional.