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O governo de Minas Gerais está apostando nas reservas de lítio do estado como vetor de desenvolvimento econômico. O minério é considerado como um dos mais importantes dentro do movimento global de transição energética por conta das baterias de longa duração. Em maio, foi lançado em Nova Yotk, (EUA) o ‘Vale do Lítio’, projeto para desenvolver cidades das regiões Norte e Nordeste mineira em torno dessa cadeia produtiva. De acordo com o governador Romeu Zema (Novo), a intenção é que não só a extração seja no estado, mas também a fabricação das baterias. “Não queremos ser só fornecedores de lítio, queremos que ele seja industrializado em MG”, explica o chefe do executivo, que participou nessa segunda-feira, 19 de junho, do ‘UK & Brazil: Partners in Energy 2023’, no Rio de Janeiro (RJ).
Segundo ele, a mineradora CBMN desenvolveu uma bateria de íon de lítio com Nióbio. Já haveria uma parceria com a Horwin para a aplicação em veículos elétricos de duas rodas. O nióbio é outro mineral em que o estado tem grandes reservas. O governador revelou ainda durante o evento que vê a transição energética como um momento de grandes oportunidades. Ele lembra que no passado, países que não aboliam a escravidão sofriam penalidades internacionais. Para ele, essa situação poderá se repetir com as nações que não reduzem as suas emissões.
Ainda de acordo com o govenador, em Minas há um grande potencial o resíduos sólidos, além do tradicional para a geração hídrica, por meio das PCHs, e da fonte solar, em que lidera com folga na geração distribuída. Zema frisou o direcionamento dos investimentos da Cemig em terras mineiras, em oposição ao que foi executado em gestões anteriores, quando a estatal tinha relevante participação acionária na Light (RJ) e na UHE Belo Monte (PA – 11.233 MW). Segundo o governador, a Cemig está com planos de investimentos de R$ 40 bilhões em que a prioridade é o estado, em especial a modernização das áreas de distribuição e transmissão, que segundo ele foram negligenciadas.