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Um novo relatório da International Renewable Energy Agency (Irena) aponta as 100 soluções inovadoras para customizar as estratégias nacionais e cortar as emissões nos usos finais. Segundo a Irena, ao formular estratégias de eletrificação inteligentes, os países podem tomar medidas concretas, minimizar o investimento e acelerar significativamente a transição em conformidade com a COP28 em Dubai.

A eletrificação do uso de energia na indústria, nos transportes e edifícios com as energias renováveis é uma forma financeiramente efetiva de descarbonizar os setores de uso final, aumentar a segurança do fornecimento, reduzir a dependência dos combustíveis fósseis importados e mitigar os riscos da volatilidade dos preços dos combustíveis, como aconteceu nos últimos anos.

Chamado de “cenário de inovação para eletrificação inteligente”, o estudo foi lançado hoje em Bruxelas. Para o diretor-geral da Irena, Francesco La Camera, a eletrificação inteligente fornece aos governos um método financeiramente eficiente de acelerar o crescimento econômico, aperfeiçoar a segurança energética e reduzir os impactos crescentes das mudanças climáticas. Segundo ele, muitas soluções estão disponíveis e prontas para comercialização, com as empresas pioneiras criando, testando e implementando inovações transformadoras. “Que a nossa caixa de ferramentas possa fornecer a nossos governos soluções concretas que eles possam seguir para suportar as prioridades do setor energético nacional e os planos de descarbonização na corrida à COP28 e além disso.”

Já a comissária europeia responsável por energia, Kadri Simson, destacou que a crise energética do ano passado mostrou como é importante diminuir a dependência nos combustíveis fósseis importados e é por isso foi necessário aumentar as ambições relacionadas às renováveis para 42,5% até 2030.

A eletricidade será o principal energético do futuro, contando para mais de metade do consumo global de energia até 2050, de acordo com o relatório da Irena. A redução significativa de custos da geração elétrica renovável conduziu o progresso do setor energético, com as instalações de energias renováveis alcançando os 40% globalmente em 2022. Na UE, quase 60% da capacidade de geração de energia é proveniente de fontes renováveis. Aproximadamente 40% da geração de eletricidade total foi proveniente das energias renováveis, das quais a energia eólica e solar geraram quase 22% de eletricidade, ultrapassando o gás, pela primeira vez. Agora, o foco deve mudar na direção da eletrificação dos usos finais, que ainda se baseiam significativamente nos combustíveis fósseis.

Ainda segundo o relatório, muitas das tecnologias movidas a eletricidade estão disponíveis atualmente, incluindo os veículos elétricos (EVs) e as bombas de calor para prédios e processos industriais. Além disso, a eletrificação indireta, que usa o hidrogênio verde produzido pela energia renovável, pode ser a solução para a descarbonização de setores difíceis de eliminar. Entretanto, o requisito de eletrificação vai além da adoção de soluções tecnológicas e exige o envolvimento de todas as partes intervenientes na cadeia de valor da energia, tanto do setor energético, como dos usos finais (Power-to-X). Os tomadores de decisões devem seguir uma abordagem sistêmica, combinando as inovações tecnológicas e nas infraestruturas com as do design e regulação de mercado, de planejamento e operação dos sistemas e de modelos de negócios, como revela o novo relatório.

A inovação pode reduzir os custos, minimizar o investimento e criar novas oportunidades de negócio. Pacotes de estímulos massivos são implementados nos mercados econômicos principais, como o Inflation Reduction Act nos EUA e o Net Zero Industry Act na União Europeia. Em grande medida, essas iniciativas e investimentos associados são o resultado de inovações tecnológicas, bem como de inovações nas políticas, no design de mercado e nos instrumentos financeiros.

O relatório concluiu que, na ausência de uma solução “tamanho único” para a eletrificação inteligente, as estratégias otimizadas e a implementação de inovações variam de acordo com os países e atributos específicos do sistema.