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De acordo com o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Luiz Carlos Ciocchi, a transição energética no Brasil não pode estar dissociada da equidade social. Durante o painel de abertura da vigésima edição do Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico, nesta quarta-feira, 21 de junho, no Rio de Janeiro (RJ), Ciocchi revelou que o tema vem sendo discutido no ONS de forma interna, mas que o setor também deve ter esse foco. Segundo ele, a simples demonstração de missões e visões está aquém do que pode ser oferecido. “Se nós não buscarmos a equidade social, poderemos fazer bons negócios, mas não estaremos entregando à sociedade aquilo que podemos entregar”, explica.
Ciocchi cobrou ainda que os agentes influenciem outros segmentos da economia com alto consumo de energia em favor da transição. Segundo ele, áreas como transportes e mineração terão papel fundamental nesse movimento. “Quantos de nós têm interfaces com os eletrointensivos para que possamos ajudar a economia brasileira e esses setores a buscar a transição?”, indaga. Segundo ele, ao contrário do elétrico, os demais segmentos da economia não são tão organizados, o que dificulta o diálogo unificado e o resultado efetivo.
Ainda de acordo com o diretor do ONS, o desafio para o setor será aumentar a demanda de energia. Muitos países da Europa tem crescido nas renováveis, mas em detrimento da desativação de ativos poluentes. A exportação, em alta no momento, também foi citada como oportunidade para o Brasil na visão do diretor do operador, assim como a interligação no continente, considerada por ele tímida. “Por que não fazer disso um programa perene? A interligação traz a possibilidade da segurança energética”, aponta.