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A Eneva está mirando a descarbonização do transporte pesado no Brasil através da distribuição de Gás Natural Liquefeito em pequenas escalas, disse o presidente da companhia, Lino Cançado, durante o primeiro painel do segundo dia do Enase nesta quinta-feira, 22 de junho. Ele destacou que o país consome atualmente 70 milhões de m³ de gás por dia e que seria preciso mais 140 milhões de m³ equivalente para substituir o diesel nas aplicações industriais do país. “Já firmamos contratos com a Vale e Suzano no Maranhão e vamos ter caminhões com GNL e criar corredores verdes ou com menos emissões de carbono”, ressalta.
Sobre esses novos contratos, Cançado ressaltou que a companhia não tem dificuldade de colocar o gás e que inclusive precisará de mais moléculas do insumo para a alocação em outros ativos e a viabilização de novos mercados como nos transportes, citando o exemplo de Jaguatirica. “Existe uma lista de clientes com os quais nós estamos conversando mas acreditamos que nesse ano fechamos toda a capacidade dessa planta em construção e acreditamos que tem mais pelo futuro”, salienta o dirigente, afirmando ter pouco menos de 1/4 da produção disponível para novos contratos.
A geradora térmica foi pioneira ao juntar dois modelos de negócio, da necessidade de altos volume de investimento e risco no desenvolvimento e exploração de campo de gás aliados à geração térmica em cima desses campos, caso da bacia do Parnaíba e migrando depois para o Amazonas. Agora o foco é substituir os combustíveis mais sujos, com a meta de reduzir suas emissões em 17% nesse ano em relação a 2022. Nos últimos cinco anos a companhia aplicou R$ 8 bilhões em eficiência e redução de carbono no sistema.
Renováveis
Sobre a diversificação de portfólio em direção das renováveis complementares, Cançado salienta ser essa uma visão de médio e longo prazo da transição energética para além do gás natural, em locais onde por vezes os gasodutos não alcançam. A ideia é buscar parceiros para desenvolver novos projetos renováveis por meio de fusões e aquisições, sem dar mais informações por conta dos acordos de confidencialidade.
“A não realização de leilões de reserva de capacidade nesse ano não prejudica a empresa, mas temos certeza que ele vai acontecer nesse ano ou ano que vem, pois é uma necessidade para garantir a segurança energética da matriz elétrica”, complementa o executivo. Ademais ele cita a expansão do complexo Futura para 2,3 GW e que o pipeline da companhia também prevê o primeiro projeto eólico.
Questionado sobre o acordo de ontem anunciado com o Itaú, Lino Cançado pontuou se tratar de um produto de prateleira que os bancos oferecem e diversas empresas acessam para ter um capital de forma mais eficiente. No caso da Eneva a ideia é cumprir com os compromissos de Capex pelos próximos cinco anos, como o projeto de Azulão, de 950 MW, e a planta de produção de gás no Maranhão.