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Com o papel das metas ESG e as adaptações que as empresas vem tendo nesse processo, é preciso se posicionar para que a transição ocorra de forma justa para todos. As companhias precisam lançar metas, mas não somente por modismo, mas também porque é preciso angariar financiamentos dos bancos.
As metas ESG são compromisso de longo prazo que as empresas seguem adotando e com foco nas questões ambientais. Como já dito anteriormente, o setor elétrico brasileiro é bastante verde e sustentável, o desafio agora é trazer novos mercados para serem eletrificados, foi o que destacou Solange Ribeiro, Vice Presidente da Neoenergia, durante o painel Fórum dos CEOS – A transformação do setor como desafio do século XXI, no Enase 2023, que acontece nesta quinta-feira, 22 de junho.
Painel Fórum dos CEOS – A transformação do setor como desafio do século XXI
Para Solange, o mercado como transporte pesado, indústria química, indústria de fertilizantes, são as áreas mais poluentes, e que se forem eletrificadas irão despoluir mais. “Na maioria dos países o que suja a descarbonização é a geração de energia. No Brasil não é. No caso do Brasil, o problema é quando a geração de carbono é feita através do desmatamento ilegal. Então é preciso eletrificar outros setores que são mais poluentes, o que já é uma tendência mundial, e para gente não é tão difícil”, pontuou.
No primeiro painel do dia foi discutido que é preciso ter uma responsabilidade grande para garantir um mundo melhor. É preciso olhar para fora, para o mundo e não somente para os acionistas das companhias. O social precisa ser visto com mais abrangência. Com isso, é essencial juntar a segurança, acessibilidade e sustentabilidade.
“É necessário que as empresas tenham metas ambiciosas, mas como medir essas metas? O mercado financeiro está migrando para emprestar dinheiro para quem tem metas ESG mais audaciosas, mas ao fazê-las, é preciso cumprir. Quem cumpre as melhores metas, tem as melhores taxas nos bancos”, apontou Solange.
A questão do licenciamento ambiental é outra área que é imprescindível ter uma regulamentação adequada, com pessoas qualificadas e disponíveis. Se faz necessário uma estrutura apropriada para que possa atender aos projetos em andamento, “As instituições não tem mão de obra, aí ficamos com 3 projetos e tendo que decidir qual tocar”, encerrou Solange.