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O leilão de transmissão desta sexta-feira, 30 de junho, trouxe uma surpresa para a maioria dos investidores tradicionais do setor. O consórcio Gênesis apresentou os dois maiores deságios verificados no certame. De 55,35% no lote 8 e de 66,18% no lote 1, um dos maiores da disputa e que surpreendeu todos os presentes ao saguão da B3 onde é realizado o certame.
Um dos pontos que mais chamou a atenção foi a diferença entre o lance do grupo e o segundo colocado, mais de R$ 110 milhões. A segunda surpresa foi a composição desse grupo, por duas empresas novas a The Best Car Transporte de Cargas Nacionais e Internacionais (92,52%) e a Entec Empreendimentos (7,48%).
Nos corredores da B3 ficou um clima de dúvidas sobre a real capacidade de investimentos da empresa uma vez que há um passado de outros entrantes no setor que não cumpriram com as suas obrigações. Contudo, a perspectiva de que se houver problema o segundo colocado assuma o projeto, não traz grandes preocupações, pois a regulação poderá atuar como em outros casos como da State Grid que assumiu um projeto no ano passado.
Segundo o CEO do consórcio, Dênis Rildon, a empresa é o resultado de um sonho de investidores com tradição no setor e conhecimento técnico. Mas ele não quis revelar a fonte de recursos nem os investidores que estão dando o suporte para os investimentos.
O diretor geral da Aneel, Sandoval Feitosa, destacou que a autarquia aprendeu com os leilões passados e estabeleceu marcos de acompanhamento dos empreendedores para evitar situação como a da Brax Energy, que em suas palavras, assumiu projetos importantes de transmissão mas acabou perdendo as concessões.
“Posso assegurar que a Aneel é diligente, pois há marcos que precisam ser seguidos”, disse ele em coletiva após o leilão. A agência avaliou a habilitação técnica dos agentes e posteriormente há a avaliação fiscal e jurídica.
Rildon disse que a empresa irá provar mais tarde que tem a capacidade de investimentos e que veio para ficar no setor de transmissão.