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Relatório divulgado pela Agência Internacional de Energias Renováveis sinaliza que a diversificação da cadeia reduzirá riscos, embora não exista escassez. Segundo o documento ‘Geopolitics of the Energy Transition: Critical Materials‘, a mineração e o processamento dos minerais está concentrada geograficamente e as empresas mais importantes desempenham protagonismo. Impactos externos, o nacionalismo dos recursos, as restrições de exportação, os cartéis de minerais, a instabilidade e a manipulação do mercado podem aumentar os risos das interrupções de suprimento.

De acordo com o documento, a mineração de materiais críticos está altamente concentrada em localizações geográficas específicas. Austrália (lítio), China (grafite e terras raras), Chile (cobre e lítio), República Democrática do Congo (cobalto), Indonésia (níquel) e África do Sul (platina e irídio) são os operadores dominantes. O processamento é ainda mais concentrado geograficamente, com a China respondendo por mais de 50% do suprimento refinado mundial de grafite, disprósio (uma terra rara), cobalto, lítio e manganês. Sobre a concentração, o estudo mostra que as cinco maiores mineradoras controlam 61% da produção de lítio e 56% da produção de cobalto.

Por outro lado, no relatório da Irena há o alento que a as reservas materiais críticas estão são amplamente distribuídas. Atualmente, os países em desenvolvimento respondem pela maior parte da produção global necessária para as transições energéticas, mas sua participação nas reservas é ainda maior. A Irena dá como exemplo a Bolívia, que tem 21 milhões de toneladas de reservas de lítio, mas produz menos de 1% da oferta mundial. Estima-se que 54% dos minerais estejam localizados em terras indígenas ou próximas, o que vai demandar envolvimento de comunidades.

Essa parte tem destaque no relatório, uma vez que a conclusão é que uma transição energética baseada em fontes renováveis, se bem planejada e executada, pode reescrever o legado das indústrias extrativas. Há séculos as atividades e processos de extração mineral carregam riscos para as comunidades locais, como o trabalho e outros abusos dos direitos humanos, degradação da terra, esgotamento e contaminação dos recursos hídricos e poluição do ar. Segundo a Irena, uma cooperação internacional mais sólida para elevar e impor padrões e visões corporativas de longo prazo são essenciais para o desenvolvimento sustentável e licença social.

A transição energética se tornará em um dos veículos principais da demanda de minerais críticos,” afirmou o Diretor-Geral da Irena, Francesco La Camera. “O risco das interrupções da cadeia de suprimento tem menos a ver com a segurança energética e mais a ver com o abrandamento potencial da transição, o que deve ser evitado”.