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Foi realizada nesta segunda-feira, 23 de julho, a cerimônia de posse da nova diretoria do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe-UFRJ). A professora Suzana Kahn assume a diretoria-geral do Centro de Pesquisa, com Marcelo Ribeiro como vice. A nova diretora é graduada em Engenharia Mecânica pela UERJ, tem mestrado no Programa de Planejamento Energético da Coppe e doutorado em Engenharia de Produção pela UFRJ, além de presidente do comitê científico do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (IPCC).
Na cerimônia, Suzana Kahn declarou que a capacidade de inovação tecnológica pode tornar o país mais resiliente, com melhor produtividade e distribuição de renda e riqueza. A velocidade da transformação do mundo também foi citada pela pesquisadora, com inevitável presença da nanotecnologia, inteligência artificial, robótica e biotecnologia. “As novas tecnologias irão nos ajudar a promover o nosso progresso nesse século”, avisa. Segundo ela, projeções da ONU indica que o mercado dessas novas tecnologias emergentes, que representava cerca de US$ 350 bilhões em 2020 deve crescer até US$ 3,3 trilhões entre 2025 e 2030.
Suzana Kahn e Marcelo Campos na cerimônia de posse
Ela pediu um repensar da pós-graduação em Engenharia, indo além das fronteiras tradicionais. “Nosso alunos devem estar preparados para uma abordagem interdisciplinar de grandes temas da atualidade e de vanguarda”. Recentemente, a Coppe criou o Centro de Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono integrando vários laboratórios, assim como projetos de inteligência artificial.
Durante a cerimônia, temas como a transição energética e as mudanças climáticas não ficaram de fora. De acordo com a nova diretora da Coppe, há algum tempo a Coppe- UFRJ vem trabalhando há bastante tempo na questão da descarbonização e um dos setores protagonistas nesse processo é da energia. “Como as renováveis são intermitentes, é importante ter uma forma de integrar a rede e aí há muita coisa associada a engenharia elétrica, química e de computação. Todas as engenharias da Coppe estão atuando juntas com esse foco na transição energética”, aponta.
Ainda de acordo com ela, as novas alternativas energéticas, como o hidrogênio, precisam do aumento de escala, que irá baratear o seu uso e a continuidade das pesquisas e inovações dos processos. A Coppe-UFRJ, junto com Furnas, é uma das participantes do projeto do ônibus híbrido elétrico-hidrogênio. O H2 é considerado o energético da transição. As novas tecnologias foram desenvolvidas e testadas pela equipe do Laboratório de Hidrogênio.
Ônibus Elétrico – Hidrogênio Coppe UFRJ (Foto: Divulgação Coppe-UFRJ)
Sobre os recursos para a área de Pesquisa & Desenvolvimento, a professora da UFRJ revelou que apesar do capital oriundo de fundos setoriais e de programas do Ministério de Ciência & Tecnologia, a iniciativa privada pode contribuir mais. “Falta ainda apostar mais no que é feito na universidades”, pondera.