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De acordo com a última atualização de mercado da Agência Internacional de Energia, o consumo global de carvão atingiu um novo recorde histórico em 2022 e permanecerá perto desse nível recorde este ano. A expectativa vem à medida que o forte crescimento na Ásia, tanto para geração de energia quanto para aplicações industriais, é maior que o declínio nos Estados Unidos e na Europa. No ano passado, o consumo aumentou 3,3%, indo a 8,3 bilhões de toneladas, estabelecendo um novo recorde, de acordo com o Coal Market Update da AIE.
A estimativa é que China, Índia e países do Sudeste Asiático juntos respondam por 3 de cada 4 toneladas de carvão consumido em todo o mundo em 2023. Na União Europeia, o crescimento na demanda de carvão foi mínimo em 2022, uma vez que um pico temporário na geração de energia a carvão foi quase compensado pelo menor uso na indústria. A expectativa é que na Europa o uso do carvão caia drasticamente este ano, à medida que as energias renováveis se expandem e as energias nuclear e hidrelétrica se recuperam parcialmente de suas recentes quedas. Nos EUA, o afastamento do carvão também está sendo acentuado pelos preços mais baixos do gás natural.
Por região, a demanda por carvão caiu mais rápido do que o esperado no primeiro semestre deste ano nos EUA e na União Europeia – 24% e 16%, respectivamente. No entanto, a demanda dos dois maiores consumidores, China e Índia, cresceu mais de 5% durante o primeiro semestre, mais do que compensando as quedas em outros lugares.
Na produção, os três maiores – China, Índia e Indonésia – produziram quantidades recordes em 2022. Em março de 2023, China e Índia estabeleceram novos recordes mensais, com a China ultrapassando 400 milhões de toneladas pela segunda vez e a Índia ultrapassando 100 milhões de toneladas pela primeira vez. Também em março, a Indonésia exportou quase 50 milhões de toneladas, volume nunca embarcado por nenhum país. Por outro lado, os EUA, que já foram o maior produtor mundial de carvão, reduziram a produção para mais da metade desde seu pico em 2008.
Os preços do carvão caíram no primeiro semestre deste ano para os mesmos níveis do verão de 2021, impulsionados pela ampla oferta e preços mais baixos do gás natural. O carvão mais barato tornou as importações mais atraentes para alguns compradores sensíveis ao preço. As importações chinesas quase dobraram no primeiro semestre deste ano, e o comércio global de carvão em 2023 deve crescer mais de 7%, superando o crescimento geral da demanda, para se aproximar dos níveis recordes vistos em 2019. O comércio marítimo de carvão em 2023 pode muito bem superar o recorde de 1,3 bilhão de toneladas estabelecido em 2019.