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O presidente eleito do Paraguai, Santiago Peña, afirmou em entrevista ao programa Canal Livre, da TV Bandeirantes, que o objetivo do tratado de Itaipu já não é somente geração de energia, mas um projeto de desenvolvimento conjunto do Brasil e do Paraguai. Isso significa, segundo Peña, mais apoio a investimentos na agroindústria, na indústria no geral e no setor de serviços.

“Para isso, temos uma empresa binacional que tem a capacidade de dar as condições para esses investimentos, porque a energia barata é um artigo importante, mas investimento tem um retorno muito mais alto que o preço da energia,” explicou o economista, que será empossado no próximo dia 15 de agosto.

Em sua avaliação, o que o Paraguai necessita não é vender a energia que hoje é adquirida pelo Brasil para outros países, na renegociação das condições comerciais do tratado da usina, mas gerar energia que não seja somente hidrelétrica. “Temos que pensar em energia solar, eólica. Temos muitas oportunidades, mas temos que pensar em um projeto de integração onde Paraguai e Brasil tem que estar juntos”, disse, incluindo mais tarde na lista de possibilidades o hidrogênio verde.

A revisão do chamado Anexo C do tratado de Itaipu foi tema do encontro de Santiago Peña e o presidente Luiz Inácio da Silva na última sexta-feira, 28 de julho, em Brasília. Os dois países discutem a revisão das bases financeiras do acordo, no ano em que o tratado completa 50 anos e o financiamento para construção da hidrelétrica está totalmente pago.

Na reunião, o presidente eleito reforçou uma declaração dada por Lula em março desse ano, durante a posse do diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri, de que a repactuação do tratado deve levar em conta a realidade dos dois países e possibilitar o desenvolvimento de ambos. Verri participou do encontro de sexta-feira, assim como o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

O paraguaio também defendeu na entrevista à Band o papel do presidente Lula nas negociações para a integração dos países sul-americanos com o mundo e disse que está confiante de que a liderança do colega brasileiro vai possibilitar a assinatura do acordo do bloco sul americano com a União Europeia.

Sobre a revisão do Anexo C, ele lembrou que as conversas serão iniciadas no próximo dia 13. E explicou que o fato de os países ainda não terem fechado a negociação não vai parar o funcionamento da usina. Na conversa com o presidente Lula, Peña falou em “senso de urgência” e defendeu que os dois países tem que avançar muito rápido da posição em que estão hoje.

Para o presidente eleito, o Paraguai tem todos os incentivos para estar perto do Brasil. O país precisa de empregos, e, além de energia, oferece um cenário econômico e político estável, tendo a situação política mais confortável hoje entre os países da região. Um cenário positivo que ele garantiu que não vai mudar nos próximos cinco anos.